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O editor-chefe do site WikiLeaks, Julian Assange, disse em entrevista publicada hoje que assinou contratos para publicar sua autobiografia com valores totais de mais de 1 milhão de libras (US$ 1,5 milhão). Assange afirmou ao britânico Sunday Times que o dinheiro o ajudará a se defender das acusações de crimes sexuais feitas por duas mulheres na Suécia.

"Eu não quero escrever esse livro, mas tenho que fazê-lo", afirmou ele. "Eu já gastei 200 mil libras em custos legais e tenho que me defender e manter o WikiLeaks operando." O australiano disse que receberá US$ 800 mil da Alfred A. Knopf, sua editora nos Estados Unidos, e mais 325 mil libras (US$ 500 mil) da britânica Canongate. Com o dinheiro de outros mercados e a publicação em partes do material, o valor total dos contratos deve subir para 1,1 milhão de libras, segundo ele.

O WikiLeaks tem publicado desde o mês passado um lote de cerca de 250 mil documentos diplomáticos secretos dos Estados Unidos.

Assange está em liberdade desde 16 de dezembro, após pagar fiança na Grã-Bretanha e luta contra um processo de extradição na Suécia, onde é acusado de crimes sexuais. Ele tem enfrentado problemas para financiar o site. Companhias de cartão de crédito como a Visa e a MasterCard, além da companhia de pagamentos pela internet PayPal, bloquearam as doações para o WikiLeaks. Assange acusou essas empresas de serem "instrumentos da política externa dos EUA". O Bank of America, maior dos EUA, também interrompeu todas as transações para o WikiLeaks.

Washington criticou bastante o WikiLeaks por vazar os documentos do Departamento de Estado. Os EUA avaliam se podem indiciar Assange pelo vazamento. Um tribunal em Londres deve realizar uma audiência sobre o pedido de extradição de Assange feito pela Suécia em 7 de fevereiro.

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