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O funcionário de um supermercado russo apelidado de o "assassino do tabuleiro de xadrez" foi considerado culpado nesta quarta-feira do assassinato de 48 pessoas após ter confessado no tribunal que o primeiro homicídio que cometeu foi semelhante a uma primeira paixão.

Batizado pelos meios de comunicação russos dessa forma porque pretendia colocar uma moeda em cada uma das 64 casas de um tabuleiro de xadrez, uma para cada vítima, Alexander Pichushkin também confessou ter matado outras 11 pessoas, o que faz dele um dos maiores "serial killers" da história russa.

Os jurados o consideraram culpado de 48 assassinatos e de três tentativas de assassinato.

"Em todas as acusações, Pichushkin foi considerado culpado, sem atenuantes", afirmou o juiz Vladimir Usov.

Pichushkin, sentado dentro de uma cela de vidro, manteve-se impassível, olhando para o chão e franzindo o semblante de vez em quando antes de ser levado embora algemado.

Usando uma malha cinza com gola em "V" e mantendo as mangas arregaçadas, o réu comportou-se mais ou menos dessa forma durante todo o julgamento.

Segundo a promotoria, Pichushkin atraía suas vítimas para áreas afastadas do parque Bitsevsky, em Moscou, onde lhes dava vodca antes de esmagar a cabeça delas com uma marreta ou jogá-las em um bueiro.

O réu convidaria as vítimas para dividirem uma garrafa da bebida em homenagem a um cachorro dele que teria morrido.

O assassino matou pessoas excluídas do convívio social; muitos eram idosos e possuíam um histórico de consumo abusivo de drogas e álcool. Frequentemente, a polícia demorava meses para se dar conta do desaparecimento de algum deles porque não havia parentes ou amigos para prestarem uma denúncia.

O procurador-geral de Moscou, Yuri Syomin, pediu ao juiz encarregado de determinar a pena de Pichushkin que o condene à prisão perpétua "em vista da natureza grave dos crimes dele".

"Ele jogava algumas das vítimas em bueiros quando ainda estavam vivas e conscientes, quando ainda imploravam que as poupasse", afirmou Syomin.

Em alguns casos, segundo os promotores, Pichushkin enfiou uma garrafa de vodca no crânio fendido das vítimas moribundas a fim garantir que não sobrevivessem.

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