Discussões sobre termos médicos utilizados nos Estados Unidos voltaram à tona nesta semana. Depois da apresentação de novos projetos do presidente Joe Biden voltados à transição de gênero infantil e aos direitos LGBT, críticos avaliam termos propostos pela Associação de Aleitamento Materno do país no ano passado.
Uma das sugestões aos médicos e enfermeiros é o uso do termo "leite paterno" ou "leite humano", em vez de "leite materno". Também é sugerida a troca de "mãe que amamenta" por "pessoa lactante".
Ainda existe, nos termos em inglês, a proposta de trocar "breastfeeding" (amamentação) por "chestfeeding" (não existe tradução exata em português). Breast se refere a mamas e chest a peito, o que seria mais neutro, segundo a instituição.
Outra orientação é o uso do termo "pai gestacional" quando um homem trans (que nasceu mulher e se identifica como homem) engravida.
A associação descreve no documento que pretende, assim, atingir a população transgênero e não-binária, que não se identifica com o sexo do nascimento ou tem uma visão específica sobre o próprio corpo.
“Reconhecemos que nem todas as pessoas que dão à luz e lactam se identificam como mulheres e que alguns indivíduos não se identificam como mulheres nem como homens”, disse a instituição. A lista de novos termos foi entregue a hospitais, para orientação de profissionais da saúde.
O jornalista e biólogo Colin Wright disse no Twitter que se opõe a essas sugestões. "Embora essa política seja retratada como a criação de uma atmosfera hospitalar amigável e 'inclusiva', acho que a maioria das pessoas preferiria que os enfermeiros se concentrassem em coisas mais importantes, como medicamentos e dosagens adequadas, em vez de dedicar espaço mental à memorização de listas de uma terminologia 'inclusiva' fútil", ressaltou.
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