No período de 340 dias em que esteve a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), o astronauta americano Scott Kelly realizou centenas de experimentos, mas seu corpo também sofreu alterações. De acordo com a Nasa, Kelly retornou à Terra 5 centímetros mais alto do que quando deixou o planeta. O fenômeno, que pode parecer estranho, é comum entre astronautas. Sem a pressão exercida pela gravidade, os espaços entre os discos da coluna vertebral se expandem, alongando a espinha.
A diferença na altura foi notada na checagem logo após o pouso da cápsula Soyuz, na madrugada de quarta-feira, no Cazaquistão. Mesmo que a medição não fosse tomada, Scott Kelly perceberia ter ficado mais alto rapidamente. Uma das primeiras pessoas com quem se encontrou após o retorno da longa jornada foi o seu irmão gêmeo idêntico, Mark Kelly.
A diferença na altura já era esperada. Agora, exames médicos e em materiais coletados durante a estadia de Scott Kelly na ISS serão comparados com Mark. O objetivo dos pesquisadores é compreender melhor o efeito sobre o organismo humano de longas jornadas no espaço. A ideia é que os estudos possam viabilizar o envio de missões tripuladas para regiões mais longínquas, como Marte.
A marca de 340 dias no espaço foi um recorde para um astronauta americano, mas cosmonautas russos já haviam ficado por mais tempo a bordo da MIR, destruída intencionalmente em 2001. Contudo, é a primeira vez que cientistas estudam os efeitos da microgravidade no organismo em longos períodos. E ter um irmão gêmeo idêntico foi um dos motivos que levaram a escolha de Scott Kelly para a missão.
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