Mulher palestina caminha pelos destroços de sua casa, uma das 20 residências demolidas ontem pelo Exército israelense, deixando cerca de 40 famílias desabrigadas na vila de Tana, controlada por Israel| Foto: Jaafar Ashtiyeh/AFP

Meias-verdades diminuem chances de diálogo no Oriente Médio

Há pouca probabilidade de haver acordos de paz tão ce­­do. Na verdade, as tensões pa­­recem aumentar, em parte porque as alegações de cada lado correspondem a meias-verdades

Nos últimos anos, a co­­munidade internacional tem feito uma exigência a Israel e aos pa­­lestinos a fim de criar condições para uma solução de dois Estados: Israel tem que parar de construir assentamentos nas terras que os palestinos querem co­­mo seu Estado, e os palestinos precisam desarticular redes terroristas e acabar com os ataques violentos contra os israelenses.

Leia o artigo completo

CARREGANDO :)

Depois do ano de relativa calma que se seguiu à ofensiva israelense contra o Hamas na faixa de Gaza, a temperatura começa a subir novamente na região. Três palestinos foram mortos ontem em um ataque aéreo israelense, quando estavam numa área de Gaza usada para disparar foguetes contra Israel.

Foi o segundo ataque do tipo em dois dias: na sexta, três palestinos morreram da mesma forma após foguetes atingirem Is­­rael. Segundo o governo israelense, mais de 20 artefatos foram disparados na última semana.

Publicidade

"Nossa política é muito clara: responderemos a qualquer disparo contra o nosso território", disse o premiê israelense, Biny­­amin Netanyahu, que assumiu o governo em março de 2009, dois meses após os ataques israelenses que deixaram 1,4 mil mortos em Gaza.

Na reunião do gabinete, foi ainda anunciada uma nova me­­dida de segurança: Israel irá construir uma barreira na fronteira com o Egito para conter infiltrações do deserto do Sinai.

Embora a divisa da faixa de Gaza com o Egito, que fica no norte do Sinai, cause a Israel preocupações relacionadas ao terrorismo, o objetivo principal da nova barreira, que ocupará apenas parte da fronteira, é impedir a entrada de migrantes ilegais.

Nos últimos anos, milhares de africanos se aproveitaram da porosidade da fronteira para penetrar no território israelense, em busca de subsistência no mercado de trabalho clandestino, a maioria em construção ou na agricultura.