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Pelo menos seis militares morreram neste sábado em um ataque realizado por um grupo armado no nordeste do Cairo, a capital do Egito, segundo os últimos números divulgados pelo Ministério da Saúde sobre as vítimas do atentado, do qual o Exército egípcio acusou a Irmandade Muçulmana.

As vítimas, membros da Polícia Militar, estavam em um posto de controle na zona de Manfet Mustarad, no começo da estrada que liga o Cairo com a cidade de Ismailiya, informou o porta-voz militar, Ahmed Ali, em comunicado.

Às 5h locais (0h de Brasília), pouco depois da oração muçulmana da madrugada, os agressores abriram fogo contra os militares.

O porta-voz relatou em comunicado que os homens armados também colocaram duas bombas nos arredores do posto de controle com o objetivo de causar mais mortes quando as equipes de socorro chegassem. Os efetivos de proteção civil localizaram os explosivos e os desativaram.

"Esses atos terroristas covardes só aumentam nossa perseverança nesta guerra contra o terrorismo", advertiu Ali.

Há apenas dois dias, um oficial das Forças Armadas egípcias morreu e três soldados ficaram feridos em outro ataque de homens armados contra um ônibus militar no leste do Cairo.

O porta-voz militar também responsabilizou a Irmandade Muçulmana, considerada uma organização terrorista pelo governo interino do Egito desde dezembro.

Por sua vez, o primeiro-ministro egípcio, Ibrahim Mehlab, condenou o ataque e prometeu que "o Estado fará todos os esforços necessários para deter e levar os responsáveis à justiça".

Mehlab advertiu, em declarações divulgadas pela agência oficial "Mena", que sua intenção é "amputar a mão do terrorismo que manipula e põe em perigo a segurança do Egito".

Já a Irmandade Muçulmana negou em nota seu envolvimento no ataque, o condenou e expressou suas condolências à família do oficial, assim como fez em ocasiões anteriores.

Além disso, acusou às Forças Armadas de sempre responsabilizarem a Irmandade Muçulmana por esses incidentes "por razões políticas, sem provas e antes de qualquer investigação".

Após o golpe militar de 3 de julho do ano passado que depôs o islamita Mohammed Mursi, dirigente da Irmandade, aumentaram os ataques terroristas contra as forças de segurança egípcias.

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