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Passageiros se aglomeram no pátio do aeroporto após o ataque do atirador | JOE RAEDLE / AFP
Passageiros se aglomeram no pátio do aeroporto após o ataque do atirador| Foto: JOE RAEDLE / AFP

Um homem armado abriu fogo nesta sexta-feira (6) na área de retirada de bagagens do Terminal 2 do aeroporto Ford Lauderdale-Hollywood, na Flórida. Segundo informações do xerife do condado de Broward, o atirador deixou ao menos cinco mortos e oito feridos antes de ser detido.

“Confirmado: tiroteio no aeroporto internacional Hollywood de Fort Lauderdale, com várias pessoas mortas. Um indivíduo está sob custódia”, informou, no Twitter, o gabinete do xerife do condado. O incidente foi registrado pela polícia às 12h55, no horário local (15h55 no horário de Brasília).

Em entrevista coletiva, o xerife do condado, Scott Israel, afirmou que o atirador foi detido ileso e que as equipes policiais não precisaram disparar tiros.

A prefeita Barbara Sharief disse que o motivo do ataque ainda é desconhecido. “Era um atirador solitário e não temos evidências por enquanto de que tenha agido com ninguém mais. Ele está sob custódia e estamos investigando”, disse ela à CNN.

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O senador Bill Nelson informou que o atirador estava carregando uma identidade militar, com o nome Esteban Santiago, embora não haja confirmação de que o documento pertença de fato ao criminoso.

A agência de segurança do transporte aéreo (TSA, da sigla em inglês) “está bastante segura de seu nome, mas não tanto de sua identificação militar”, disse o senador à emissora CNN.

As autoridades do aeroporto não confirmaram, entretanto, a identidade do suspeito durante a coletiva de imprensa.

O agente especial do FBI em Miami, George Piro, disse que “a investigação está em uma fase preliminar” e que não se pode determinar se trata-se de um ato terrorista ou não. Tampouco informou o tipo de arma utilizada pelo atirador.“Neste ponto parece que atuou sozinho”, disse ele a jornalistas.

Este ataque ocorre em um estado sensibilizado pelos frequentes tiroteios que ocorrem nos Estados Unidos. Em junho de 2016, um chamado “lobo solitário”, pessoas que agem sozinhas em ataques, matou 49 e feriu 53 em uma boate gay em Orlando, no centro da Flórida.

No ano passado também ocorreram neste estado pelo menos uma dezena de tiroteios em massa, que, apesar disso, não ganharam grande repercussão por deixarem poucas vítimas.

Pânico após o ataque

Imagens de TV mostraram passageiros correndo para se proteger e cerca de duzentas pessoas se reuniram na pista do aeroporto. Também puderam ser vistos vários veículos de bombeiros, socorristas e policiais no primeiro andar do aeroporto. A pequena cidade turística na costa atlântica do estado foi tomada pelos sons de sirenes e buzinas.

Ismail Burke, uma testemunha, contou ao canal de TV ABC que caminhava pelo terminal quando escutou gritos. “Parecia que ele (o atirador) usava um uniforme e uma arma de grande porte”, disse.

“E começou a disparar contra as pessoas. Corremos para o banheiro e foi assim que consegui sair dali”, acrescentou.

Repercussão

O presidente eleito, Donald Trump, disse em seu Twitter que está “monitorando a terrível situação na Flórida (...) Meus pensamentos e orações estão com todos”.

O presidente Barack Obama foi informado sobre os fatos por assessores de segurança.

O governador do estado, Rick Scott, informou que está a caminho do aeroporto para coletar informações. Seu gabinete não quis dar mais detalhes até o momento.

Um vídeo gravado por uma testemunha com o seu celular e obtido pelo canal 7, afiliada da Fox, mostra uma pessoa sangrando no chão do Terminal 2 e outras deitadas ou ajoelhadas.

O ex-porta-voz da Casa Branca Ari Fleischer também tuitou: “Estou no aeroporto de Ft. Lauderdale. Tiros foram disparados. Todo mundo está correndo”.

“Tudo parece calmo agora, mas a polícia não deixa que ninguém saia do aeroporto, pelo menos não da área onde eu estou”, acrescentou em outro tuíte postado mais tarde.

Após tiroteio, aeroporto suspende os serviços

Com o ataque, o aeroporto Fort Lauderdale-Hollywood suspendeu todos os serviços. Por meio de sua conta no Twitter, o estabelecimento orientou os passageiros a procurarem as companhias aéreas.

Os passageiros estão sob proteção e não se sabe quando poderão sair do aeroporto, disse o diretor, Mark Gale. “Entraremos em contato com outros aeroportos e, como indicou o xerife, vamos passo a passo, metodicamente, antes de reiniciar as operações”.

Já a autoridade de aviação civil norte-americana (FAA) informou, em um primeiro comunicado, que alguns voos que estavam mais próximos iam ser autorizados a pousar em Fort Lauderdale, sendo que outros mais distantes seriam atrasados ou destinados a aeroportos alternativos. Os aviões fazendo voos destinados ao local do ataque que ainda não haviam decolado iam ser mantidos no solo no aeroporto de origem.

Na versão revisada de seu comunicado, a FAA informou que todos os pousos e decolagens destinados ao Fort Lauderdale-Hollywood estavam cancelados e que voos que já estavam no ar foram realocados para outros aeroportos do sul da Flórida.

Vista aérea do aeroporto onde ocorreu o ataqueDANIEL SLIM/AFP
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