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| Foto: Antônio More / Agência de Notícias Gazeta do Povo

O presidente americano, Barack Obama, declarou esta segunda-feira (24) que o atentado ao consulado americano na cidade líbia de Benghazi foi claramente algo mais do que uma "ação de uma multidão enfurecida", no âmbito de uma prolongada discussão sobre a natureza do ataque. Obama também afirmou, em aparição no 'talk show' "The View", da emissora ABC, que a melhor forma de se lidar com um filme considerado ofensivo aos muçulmanos como aquele que despertou recentemente a ira antiamericana no Oriente Médio é ignorá-lo.

"Não resta dúvidas de que pelo tipo de armas que foram usadas e o andamento do ataque, não se tratou da ação de uma multidão enfurecida", afirmou Obama a respeito do ataque em Benghazi, que matou, há duas semanas, o embaixador americano na Líbia Christopher Stevens e outros três americanos.

Sob forte pressão dos republicanos, a Casa Branca anunciou pela primeira vez na semana passada que o ataque foi um ato de terrorismo. Mas ainda há discussões sobre se o ataque foi uma operação planejada pela Al-Qaeda envolvendo militantes estrangeiros ou foi um ato de extremistas locais explorando um protesto antiamericano tendo como alvo a missão americana.

Agentes do FBI estão na Líbia investigando evidências e a secretária de Estado americana Hillary Clinton ordenou uma revisão no Departamento de Estado de questões incluindo se um esquema de segurança supostamente negligente com Stevens contribuiu para o ataque.

Obama, que está em Nova York para seu discurso anual nas Nações Unidas, na terça-feira (25), disse que apesar da ira provocada pelo filme "Inocência dos Muçulmanos", não há desculpas para a violência. "A melhor forma de marginalizar este tipo de discurso é ignorá-lo", afirmou. E falando de um tema que ele provavelmente abordará em sua fala na Assembleia Geral da ONU, Obama reiterou que a "avassaladora maioria" dos muçulmanos não representa qualquer ameaça para os Estados Unidos.

"Eles querem as mesmas coisas que as famílias aqui querem. Querem oportunidades, crianças querem educação, eles querem empego, querem paz. Mas há correntes extremistas por aí", disse Obama.

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