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Três suicidas disfarçados com uniformes do Exército invadiram um prédio do governo no sul do Afeganistão hoje após um quarto ter detonado um carro-bomba, segundo funcionários.

Pelo menos 17 pessoas, entre elas os quatro agressores, morreram no ataque, reivindicado pelo Taleban. A operação coordenada em Kandahar foi uma mostra da nova tática dos militantes, de lançar ataques de vários pontos contra prédios do governo. Houve semelhanças com uma operação realizada em fevereiro em Cabul, quando militantes atacaram simultaneamente três prédios, matando 20 pessoas.

O ataque de hoje ao conselho provincial de Kandahar matou sete civis e seis policiais, segundo o escritório do presidente Hamid Karzai. Ahmad Wali Karzai, chefe do conselho e irmão do presidente, disse que o atentado ocorreu durante um encontro de líderes tribais. Segundo ele, havia 17 pessoas feridas. O irmão do presidente disse ter deixado o prédio cinco minutos antes do ataque. O incidente ocorre em um momento de aumento da violência no Afeganistão, onde 60 militantes morreram em confrontos nos últimos três dias.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que se comprometeu a enviar mais 17 mil soldados norte-americanos para auxiliar os 38 mil já no país, afirmou que os EUA aumentarão o foco na "crescentemente perigosa" situação no Afeganistão. Um dos extremistas explodiu o carro-bomba, possibilitando que os outros três invadissem o local. Ahmad Karzai disse que ele era o alvo do ataque, sem explicar o motivo de sua certeza.

Um porta-voz do Taleban, Qari Yousef Ahmadi, reivindicou em nome do grupo a responsabilidade pelo ataque. O irmão do presidente notou que os militantes agora usam a tática de ter como alvos líderes tribais.

"Eles estão atacando as pessoas que querem democracia." Teme-se que a violência aumente ainda mais no país com a chegada de mais tropas norte-americanas. Os ataques de militantes têm se tornado cada vez mais mortíferos, nos últimos três anos, e os extremistas controlam grandes áreas no interior, onde o governo e as tropas estrangeiras não têm pessoal suficiente.

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