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Dezoito pessoas morreram e mais de 80 ficaram feridas em uma série de atentados ocorridos no Iraque, episódio mais recente da violência que se intensificou em junho no país, que atravessa uma grave crise política.

Segundo uma autoridade do Ministério do Interior, oito pessoas morreram e 30 ficaram feridas na explosão de um carro-bomba num mercado do oeste de Bagdá. Outras duas pessoas morreram e 15 ficaram feridas em um atentado com carro-bomba em Yaji, segundo uma fonte do ministério.

Dois membros da brigada que combate a Al-Qaeda, a Sahwa, foram mortos a tiros em Samarra, cidade majoritariamente sunita onde fica um mausoléu com os túmulos de dois imãs xiitas, segundo um líder da milícia.

Criada no fim de 2006 por chefes tribais das regiões sunitas do Iraque, a milícia Sahwa conseguiu afastar a maioria dos rebeldes da Al-Qaeda, mas estes efetuam regularmente operações de represália.

Em Baquba, um carro-bomba explodiu perto de um local sagrado xiita, deixando quatro mortos e 25 feridos, segundo um tenente da polícia e o médico Ahmed Ibrahim, do hospital da cidade.

Mais cedo, duas pessoas morreram e quatro ficaram feridas na explosão de um artefato, enquanto outras três foram feridas na explosão de uma bomba colocada em um veículo, segundo fontes policiais.

Em Ramadi, cinco pessoas ficaram feridas na explosão de um carro-bomba parado no estacionamento de um prédio do Departamento de Imigração, de acordo com as mesmas fontes.

Embora a violência tenha diminuído consideravelmente em relação aos anos de 2006 e 2007, quando a guerra entre sunitas e xiitas deixou dezenas de milhares de mortos, ela continua assolando o país e, desde o último dia 13, já deixou mais de 200 mortos.

Em maio, 132 pessoas morreram em episódios de violência, segundo as cifras oficiais. Os xiitas e as forças de segurança iraquianas são os principais alvos dos grupos armados sunitas.

O Iraque atravessa uma crise política desde dezembro - quando se retiraram as tropas americanas -, impulsionada pelo Iraqiya, bloco laico dominado por sunitas, que acusa Maliki de se agarrar ao poder.

Os dirigentes curdos e o bloco do líder xiita Moqtada Sadr entraram, em seguida, em conflito com Maliki, que chegou ao poder em 2006 e voltou ao cargo após as eleições legislativas de 2010.

A crise política obrigou Maliki a pedir, ontem, a antecipação das eleições legislativas. A atual legislatura termina em 2014. Também ontem, 11 pessoas morreram na explosão de três bombas na capital iraquiana.

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