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Em Kiev, o presidente Petro Poroshenko participa de um ato em homenagem aos mortos durante as manifestações do ano passado. | /Reuters
Em Kiev, o presidente Petro Poroshenko participa de um ato em homenagem aos mortos durante as manifestações do ano passado.| Foto: /Reuters

Pelo menos três pessoas morreram neste domingo na cidade de Kharkiv, no leste da Ucrânia, após uma explosão ocorrida durante a marcha para comemorar o primeiro aniversário da revolução que derrubou há exatamente um ano o ex-presidente ucraniano Viktor Yanukovich.

A explosão aconteceu no início da passeata, a cerca de 100 metros do Palácio dos Esportes, onde tinha começado a manifestação, segundo um porta-voz das forças da segurança citado pela agência local “Interfax Ukraini”.

Além disso, dez pessoas ficaram feridas no atentado, segundo dados preliminares oferecidos pela Procuradoria e pelo Ministério do Interior ucranianos.

A previsão é que a marcha conflua com outra coluna de manifestantes na praça da Constituição de Kharkiv, onde se realizará uma missa pelos soldados e voluntários ucranianos caídos durante a operação militar realizada por Kiev nas vizinhas regiões pró-Rússia de Donetsk e Lugansk.

O atentado coincidiu com o início em Kiev da chamada Marcha da Dignidade para comemorar o triunfo da revolução e a chegada ao poder das novas autoridades pró-Ocidente.

Há um ano, em 22 de fevereiro de 2014, o parlamento da Ucrânia destituiu Yanukovich, que na madrugada anterior tinha fugido de Kiev depois que os setores mais radicais da oposição não aceitaram o acordo de compromisso que tinha assinado um dia antes, e que contemplava, entre outras coisas, eleições antecipadas.

Kharkiv, cidade com quase 1,5 milhão de habitantes, se transformou em meados de abril do ano passado em palco de manifestações pró-Rússia ao mesmo tempo em que as capitais das regiões vizinhas de Donetsk e Lugansk.

Embora os rebeles pró-Rússia tenham conseguido então tomar alguns edifícios públicos na cidade, a contundência das forças da ordem ucranianas e a reticência da população a somar-se à rebelião evitaram que Kharkiv tivesse o mesmo destino que os territórios vizinhos, desgarrados desde então por uma sangrenta guerra.

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