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Uma série de atentados a bomba matou ou feriu nesta terça-feira (11) no centro da Síria mais de 125 moradores de uma aldeia alauita, a minoria religiosa do presidente Bashar al-Assad, indicou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

"Não é possível no momento saber se os rebeldes estão por trás destes ataques, mas se for o caso, trata-se da maior operação de represálias por parte dos insurgentes" contra civis alauitas, declarou à AFP Rami Abdel Rahman, diretor do OSDH.

Ele indicou que os rebeldes tinham tomado na semana passada um posto do Exército nas imediações da aldeia, situada em uma região onde vivem populações de vários segmentos religiosos.

"Pedimos a criação de uma comissão independente de juristas que possa investigar estes ataques. Queremos uma Síria livre e democrática, e não uma Síria mergulhada no ódio confessional", disse ainda Abdel Rahman.

As redes de militantes dos Comitês Locais de Coordenação (LCC) e a Comissão Geral da Revolução Síria (CGRS) indicaram, por sua vez, que as explosões tinham sido provocadas por um bombardeio efetuado pelos tanques do Exército do governo.

Os ataques ocorreram na aldeia de Aqrab, na província de Hama, perto de Houla, onde 108 pessoas, incluindo 49 crianças e 34 mulheres, foram massacradas no dia 25 de maio.

A ONU havia indicado na época que tinha "fortes suspeitas" a respeito do envolvimento dos "shabbiba" (milicianos pró-regime), condenando o regime de Assad por esse massacre que desencadeou uma avalanche de condenações internacionais.

No total, a violência deixou mais de 42.000 mortos na Síria desde o início do conflito, em março de 2011, segundo OSDH, uma organização com sede na Inglaterra e que se baseia em uma rede de militantes e médicos civis e militares.

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