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Guilhermina Guinle no papel da socialite Alice, em "Paraíso Tropical" | Reprodução www.globo.com/paraisotropical
Guilhermina Guinle no papel da socialite Alice, em "Paraíso Tropical"| Foto: Reprodução www.globo.com/paraisotropical

Jovem que abriu fogo em escola da Finlândia era perseguido por alunos, diz testemunha

O estudante de 18 anos que abriu fogo na quarta-feira em uma escola secundária em Tuusula, na Finlândia, costumava ser perseguido por outros alunos, disse nesta quinta-feira um jovem que conhecia Pekka-Eric Auvinen. No massacre, foram assassinadas oito pessoas: a diretora da escola, uma enfermeira e seis alunos. Pekka-Eric morreu no hospital após atirar contra si.

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Polícia acredita que o principal objetivo de atirador era a diretora

A Finlândia acordou em choque e em luto um dia depois de um jovem de 18 anos matar 8 pessoas na escola.

As bandeiras de todos os prédios do país ficaram hasteadas a meio pau. Na escola onde ocorreu o massacre, foi respeitado um minuto de silêncio.

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O aluno que assassinou oito pessoas na quarta-feira (7) em uma escola na Finlândia disparou 69 vezes, aleatoriamente, e tentou incendiar o centro de ensino, explicou nesta quinta-feira (8) a polícia local em entrevista coletiva à imprensa.

"No local foram encontrados 69 cartuchos", declarou o investigador Jan Olof Nyholm na entrevista realizada em Vantaa, uma localidade próxima de Tuusula, cenário da tragédia.

O estudante Pekka-Eric Auvinen tinha em seu poder um total de 389 balas, incluindo as 69 disparadas. Ele matou oito pessoas, inclusive a diretora da escola, e cometu suicídio.

Os investigadores divulgaram nesta quinta as fotos dos danos causados pelos disparos no centro de ensino secundário, como vários vidros quebrados e o corredor que o aluno tentou incendiar.

"Foram encontrados líquidos inflamáveis no lugar. Provavelmente ele tentou incendiar o segundo andar. Espalhou líquido nas paredes e no chão", acrescentou Nyholm, que não explicou a natureza exata desses líquidos, nem o que levou o jovem a fazer isso.

A polícia acha que Auvinen atuou sozinho e não encontrou qualquer arma perto dele.

O estudante também deixou uma carta de despedida para a família. Nela, ele expõe as mesmas reivindicações que fez no vídeo enviado ao YouTube.

Dia depois

A Finlândia se perguntava nesta quinta-feira o motivo e as circunstâncias que levaram o estudante de 18 anos a fazer essa chacina, um drama que deixou em completo estado de choque um país raramente afetado pela violência.

O drama aconteceu numa pitoresca cidade de 30 mil habitantes às margens de um grande lago, 40 Km ao norte de Helsinque, que se transformou no cenário de uma das maiores tragédias finlandesas nas últimas décadas.

As ruas desertas contrastavam com a efervescência de quarta-feira, depois que um aluno do colégio Jokela abriu fogo contra os colegas no horário de almoço.

Nos 20 minutos seguintes, Pekka-Eric Auvinen, descrito por alguns como um solitário apaixonado por armas e por outros como um garoto "normal", matou oito pessoas: a diretora do centro de ensino, a enfermeira, cinco alunos e uma aluna.

Às 12h04 locais, a polícia ouviu o último disparo que, segundo a primeira reconstituição dos fatos, foi o tiro que o assassino que o assassino deu na própria cabeça e que provocou sua morte algumas horas depois em um hospital da cidade.

A escola do ensino médio - isolada pela polícia após a tragédia - está fechada e sem previsão de reabertura até o fim da semana.

"Tuusula vai demorar uma eternidade para curar suas feridas", declarou o prefeito da cidade, Hannu Joensivu.

Pelas ruas, pedestres anônimos depositavam flores, cartões e acendiam velas em homenagem às vítimas, diante da câmeras de emissoras de televisão de todo o mundo.

As autoridades finlandesas não decretaram luto oficial, mas determinaram que as bandeiras permaneçam a meio pau nos edifícios oficiais e privados.

A matança de quarta-feira é uma ação rara na Finlândia, país com 5,4 milhões de habitantes que sempre se orgulhou dos pequenos índices de criminalidade em comparação com restante da Europa.

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