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Investigadores indianos disseram nesta segunda-feira que os militantes responsáveis pelos ataques coordenados na capital financeira da Índia, Mumbai, passaram por meses de treinamento no Paquistão.

A revelação, feita por dois investigadores à Reuters sob condição de anonimato, aumenta ainda mais as tensões entre os dois países vizinhos, ambos com armas nucleares, que já travaram guerras no passado.

Os ataques da última semana aconteceram em pontos turísticos da cidade de 18 milhões de habitantes e representam um imenso recuo nas relações entre a Índia e o Paquistão.

O caso provocou a renúncia de uma segunda autoridade indiana, em meio à indignação popular com o serviço de inteligência, cujos lapsos teriam permitido que dez homens armados islâmicos matassem 183 pessoas e sitiassem a capital financeira da Índia por três dias.

O ministro-chefe do Estado de Maharashtra, onde fica Mumbai, apresentou sua demissão. Vilasarao Deshmukh, membro do partido do governo, seguiu os passos do ministro do Interior da Índia, Shivraj Patil, que pediu demissão no domingo.

O primeiro-ministro indiano, Manmohan Singh, anunciou uma reformulação e reforço nas atividades antiterror do país.

A Casa Branca informou que a secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, visitará a Índia na quarta-feira, o que representa a seriedade com que o país considera os ataques.

Rice disse que não considera o conflito entre os dois países uma ameaça. Índia e Paquistão quase travaram uma guerra em 2002, depois de um ataque ao parlamento indiano, cuja autoria também foi atribuída a militantes paquistaneses.

"Essa é uma relação diferente da de alguns atrás. Obviamente, eles têm um inimigo em comum porque os extremistas são uma ameaça tanto aos paquistaneses quanto aos indianos", disse Rice a repórteres que viajaram com ela para Londres.

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