Testemunhas do ataque ao jornal francês "Charlie Hebdo", que deixou ao menos 12 mortos nesta quarta-feira (7) em Paris, afirmam que os atiradores se identificaram como membros do braço da rede terrorista Al Qaeda no Iêmen. As autoridades francesas, no entanto, ainda não confirmaram a autoria do atentado.

CARREGANDO :)

Cédric Le Béchec, 33, que presenciou o ataque, disse ao jornal britânico "Telegraph" que, antes de começar a atirar, os terroristas abordaram um homem na rua e disseram: "Diga à imprensa que essa é a Al Qaeda no Iêmen".

De acordo com Béchec, os atiradores chegaram em um carro preto e pararam no meio da rua. Eles vestiam uma roupa preta de estilo militar. Ao menos três terroristas invadiram a redação do jornal e atiraram contra os profissionais.

Publicidade

Corinne Rey, conhecida como Coco, cartunista do "Charlie Hebdo", disse a um jornal francês que encontrou os terroristas no momento em que eles entravam no edifício do jornal. Eles disseram "nós somos da Al Qaeda".

Coco conta que estava indo pegar a filha em uma creche. Ao chegar à frente do prédio, dois homens armados a ameaçaram. "Eles queriam subir. Eu digitei o código [de entrada]. Eles atiraram em Wolinski e no Cabu. Durou cinco minutos", contou ela, citando nomes de dois dos colegas cartunistas mortos no ataque.

Há relatos de que os atiradores chamavam as vítimas pelo nome, o que sugere que o ataque foi planejado com antecedência. De acordo com a polícia francesa, após fazer os disparos, os atiradores fugiram em um carro Citroen preto dirigido por um quarto elemento do grupo.

Eles foram até a região da estação de Porte de Pantin, no nordeste da cidade, onde abandonaram o veículo e sequestraram um outro, expulsando o motorista na rua. Os atiradores ainda estão foragidos.

Veja também
  • Policial morto em ataque estava protegendo diretor de jornal
  • Pacote suspeito faz redação do El País ser esvaziada em Madri
  • Dilma classifica ataque em Paris como "sangrento e intolerável"
  • Presidente da França diz que não há dúvida de que ataque a jornal foi terrorismo
  • Chefes de Estado condenam ataque e mostram solidariedade à França
  • Veja as polêmicas do semanário "Charlie Hedbo"
  • Ao menos 12 pessoas morrem em ataque a jornal em Paris
Publicidade