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Rubén Costas, o prefeito eleito de Santa Cruz de la Sierra, uma das cidades mais importantes da Bolívia, qualificou de demagógica a medida tomada pelo presidente Evo Morales, que reduziu o próprio salário. Para Costas, "buscar a austeridade não significa entrar em processo de demagogia e coisas desse tipo, sem um prévio estudo salarial", segundo noticiou nesta sexta-feira o jornal "El Deber".

Aproveitando o debate, o GLOBO ONLINE perguntou aos seus leitores o que acharam da medida de Morales. Para 58% dos internautas que responderam à pesquisa, a atitude do presidente boliviano não passa de puro populismo, enquanto 39% acreditam ser um exemplo de austeridade. O ato de Evo Morales não faz diferença para 3% dos leitores.

Em sua primeira reunião de gabinete, o presidente boliviano aprovou um decreto que reduziu o próprio salário em 57% e vai passar a ganhar 15.000 bolivianos - cerca de R$ 4 mil por mês. Morales, de 46 anos, disse que o dinheiro economizado será usado para "criar mais de 6 mil itens nas áreas de educação e saúde" em seu país.

- Minha proposta, nossa proposta, era 50% de redução salarial. Quanto seriam 50% (de 34.900 bolivianos)? Seriam aproximadamente 17.450 bolivianos. Analisando seriamente e responsavelmente diante do povo boliviano decidimos, com muita convicção, ganhar 15 mil bolivianos, ou seja, uma redução de 57% - explicou Morales.

A grande discussão fica por conta do funcionalismo público boliviano, já que, de acordo com o diretor de Comunicação Alex Contreras, "nenhum servidor público, por lei, poderá receber uma remuneração mensal superior à aprovada para o Presidente da República".

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