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A ativista do Greenpeace brasileira Ana Paula Maciel, chegou ao Brasil na manhã deste sábado, depois de passar quase três meses na Rússia detida por "vandalismo" após participar de um ato em defesa do meio ambiente a bordo do navio quebra-gelo Artic Sunrise.

De acordo com a assessoria da organização ambientalista, a bióloga de 31 anos chegou por volta das 7h no aeroporto internacional de Guarulhos, em São Paulo, e está embarcando agora para Porto Alegre, onde encontrará sua família e passará o Ano Novo.

Ainda de acordo com a assessoria do Greenpeace, Ana, que saiu às 20h locais da Rússia ontem, está "emocionada, tranquila e ansiosa para rever a família".

Os 30 tripulantes da embarcação Artic Sunrise foram detidos nas águas do Ártico em 19 de setembro pela guarda fronteiriça quando tentavam subir na plataforma Prirazlomnaya, da Gazprom, que segundo o Greenpeace descumpre medidas de segurança e ameaça o ecossistema da região.

"Estou muito feliz em voltar para casa, mas ainda apreensiva porque não devolveram nosso navio", disse à Folha de S.Paulo, por telefone.

A bióloga se refere ao barco Arctic Sunrise, apreendido pelas autoridades russas em setembro, quando a brasileira e outros 29 ativistas do Greenpeace foram presos durante um protesto contra exploração de petróleo no Ártico.

Ana Paula conseguiu na quinta-feira (26/12) o visto de saída da Rússia, um dia depois de receber uma anistia em relação às investigações que sofria juntamente com os colegas de ONG. Todos ficaram cerca de dois meses presos e estavam em liberdade provisória, dentro da Rússia, desde o fim de novembro.

Na semana passada, o Parlamento russo, com o apoio do presidente Vladimir Putin, aprovou uma lei anistiando 20 mil prisioneiros, medida que alcançou os ativistas do Greenpeace.

A anistia já beneficiou as duas integrantes da banda Pussy Riot condenadas a dois anos de prisão por terem gravado um vídeo em que cantam contra Putin em uma catedral ortodoxa de Moscou. Elas deixaram a cadeia na quarta-feira de Natal.

Antes delas, Putin havia libertado o ex-magnata do petróleo Mikhail Khodorkovsky, um de seus maiores inimigos, que ficou dez anos preso. Uma das estratégias do dirigente russo ao libertar essas pessoas é melhorar a imagem externa do seu país e impedir protestos nos Jogos Olímpicos de Inverno em fevereiro, em Sochi, na costa do mar Negro.

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