Um total de 140.041 pessoas teria morrido desde o início do conflito na Síria, em 18 de março de 2011, até esta sexta-feira (14), sendo a metade deles civis, declarou neste sábado (15) o Observatório Sírio de Direitos Humanos.
Em comunicado, a ONG acrescentou que, das vítimas mortas, 71.141 são civis, entre eles 7.626 crianças e 5.064 mulheres.
O restante são homens, dos quais 21.910 eram civis que acabaram pegando em armas contra o regime sírio e integrando brigadas rebeldes não islamitas.
Além disso, morreram 2.257 militares desertores das forças governamentais, e 2.837 pessoas que não puderam ser identificadas mas cuja morte foi confirmada por vídeos ou fotografias.
A esses números se somam 8.972 combatentes de organizações islamitas e extremistas como o Estado Islâmico do Iraque e o Levante e a Frente al Nusra, vinculada à Al Qaeda, a grande maioria de nacionalidade estrangeira.
O exército do regime sírio sofreu por sua parte 33.591 baixas em suas fileiras, enquanto as milícias pró-governo perderam 20.608 de seus membros.
Quanto aos combatentes xiitas estrangeiros que lutam ao lado do regime de Damasco, principalmente membros do grupo libanês Hezbollah, as vítimas mortas chegam a 635.
O Observatório, com base em Londres e uma ampla rede de ativistas in loco, ressaltou na nota que esses números não incluem as mais de 18 mil pessoas desaparecidas nas prisões do governo.
Também não se sabe o que ocorreu com cerca de 7 mil soldados e milicianos pró-governo tornados prisioneiros pelos rebeldes e pelos grupos jihadistas Estado Islâmico do Iraque e do Levante e a Frente al Nusra.
A ONG explicou, além disso, que também não estão registradas as centenas de insurgentes sequestrados durante os enfrentamentos travados entre as facções rebeldes e o Estado Islâmico do Iraque e do Levante.
O número real de rebeldes e soldados sírios mortos supera em cerca de 60 mil os números divulgados, devido ao forte hermetismo que guardam todas as partes sobre suas baixas nos combates e bombardeios, segundo o Observatório.
O grupo lamentou que os recordes diários de mortos aconteceram durante os últimos 24 dias, coincidindo com a conferência de paz de Genebra entre representantes do regime e da oposição síria.
A segunda rodada de negociações entre as duas delegações sírias terminou neste sábado sem um acordo sobre uma próxima reunião e a continuação do processo de paz.
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