Centenas de pessoas se reuniram neste domingo (16) para novos protestos contra o presidente Vladimir Putin, determinados a mostrar que o sentimento de oposição à sua figura continua forte apesar dos esforços do Kremlin de desfazê-lo.
As primeiras manifestações ocorreram após as eleições parlamentares, em dezembro, vencidas pelo partido de Putin, de modo fraudulento, segundo observadores. Os protestos aumentaram antes das eleições presidenciais de março. Mais de 100 mil pessoas se reuniram em várias ocasiões durante tais protestos, sob intenso frio, na esperança de mudanças democráticas.
"Temos de defender os direitos que nos foram tirados, o direito de termos eleições. Perdemos o direito de eleições e um governo honesto", afirmou o ativista ontem, Alexander Shcherbakov. Esquerdistas, liberais e nacionalistas junto a estudantes, professores e ativistas gays caminharam pelas ruas de Moscou gritando slogans como "Rússia sem Putin" e "Nós somos o poder aqui". A manifestação foi observada por 7 mil policiais e por helicópteros.
Putin tem demonstrado menor tolerância com movimentos oposicionistas desde que assumiu a presidência pela terceira vez em maio. Novas leis foram aprovadas para evitar a participação das pessoas em protestos e líderes da oposição foram interrogados e vasculhados. Em agosto, a justiça condenou à prisão por dois anos três cantoras de uma banda punk chamada Pussy Riot por cantarem uma canção contra Putin dentro da principal catedral de Moscou. Na manifestação deste domingo, grandes balões pintados com as máscaras bavaclavas características da banda ilustravam a marcha. As informações são da Associated Press.
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