Atletas em todo o mundo estão disseminando nesta quarta-feira (17) no Twitter a hashtag #WhereIsPengShuai. Eles alegam que a tenista chinesa Peng Shuai, 35 anos, não tem seu paradeiro conhecido desde que publicou, no início do mês, um texto em que acusou Zhang Gaoli, ex-vice-premiê do país e ex-membro da cúpula do Partido Comunista da China, de agressão sexual.
A japonesa Naomi Osaka, uma das principais tenistas da atualidade, esteve entre os esportistas que cobraram explicações. “A censura nunca é aceitável em nenhuma circunstância, espero que Peng Shuai e sua família estejam a salvo e bem. Estou em choque com essa situação e enviando amor e luz para ela”, afirmou Osaka no Twitter.
Depois que a hashtag foi utilizada em várias publicações no Twitter, o grupo de mídia estatal chinês CGTN publicou uma suposta carta de Peng à Associação de Tênis Feminino (WTA), que gerou desconfiança.
Na carta, Peng Shuai disse estar bem e negou inclusive as acusações de agressão sexual. “Em relação às recentes notícias divulgadas no site oficial da WTA, o conteúdo não foi confirmado ou verificado por mim e foi divulgado sem meu consentimento. As notícias daquele comunicado, incluindo a alegação de agressão sexual, não são verdadeiras. Não estou desaparecida, nem em perigo. Apenas estou descansando em casa e está tudo bem. Obrigado novamente por se preocuparem comigo”, apontou o comunicado.
Logo depois, Steve Simon, presidente e CEO da WTA, divulgou nota em que questionou a veracidade da publicação da CGTN. “A declaração divulgada hoje pela mídia estatal chinesa sobre Peng Shuai apenas aumenta minhas preocupações quanto à sua segurança e paradeiro. Peng Shuai deve ter permissão para falar livremente, sem coerção ou intimidação de qualquer tipo”, afirmou.
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