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María Salazar, deputada do Partido Republicano da Flórida que presidiu o encontro desta quinta-feira (7) em Washington
María Salazar, deputada do Partido Republicano da Flórida que presidiu o encontro desta quinta-feira (7) em Washington| Foto: EFE/Lenin Nolly

O subcomitê do Hemisfério Ocidental da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Estados Unidos realizou nesta quinta-feira (7) em Washington uma audiência sobre antissemitismo na América Latina, na qual foram feitas críticas aos presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, do Chile, Gabriel Boric, e da Colômbia, Gustavo Petro.

Em fevereiro, Lula declarou que “o que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino”, onde Israel realiza uma ofensiva contra o grupo terrorista Hamas, só pode ser comparado ao que ocorreu quando “Hitler resolveu matar os judeus” e chamou a ação israelense de genocídio.

Petro, que havia feito anteriormente declarações contra Israel, apoiou o presidente brasileiro e também classificou a ofensiva em Gaza como um genocídio.

No caso de Boric, a presidente do subcomitê, María Salazar, deputada do Partido Republicano da Flórida, lembrou na audiência que o presidente do Chile convocou o seu embaixador em Israel para consultas, proibiu o país de participar de um festival aeroespacial chileno e fez críticas em 2019, quando ainda era deputado.

“A Comunidade Judaica no Chile me enviou um pequeno pote de mel pelo Ano Novo Judaico, reafirmando o seu compromisso com 'uma sociedade mais inclusiva, solidária e respeitosa'. Agradeço o gesto, mas eles poderiam pedir a Israel que devolvesse o território palestino ocupado ilegalmente”, escreveu Boric no Twitter (hoje X) à época.

“É desprezível que chefes de Estado tenham este tipo de opiniões, mas é ainda mais preocupante para nós que estes líderes que acabei de mencionar sejam os parceiros favoritos da administração Biden no Hemisfério Ocidental”, disse Salazar, segundo informações do jornal colombiano El Tiempo e do chileno La Tercera.

“O que está acontecendo com Petro, Lula ou Boric é desprezível”, acrescentou a deputada, que afirmou que “só no Brasil houve um aumento de 1.000% nos ataques antissemitas nos últimos meses”.

Deborah Lipstadt, chefe do escritório do Enviado Especial do Departamento de Estado americano para Monitoramento e Combate ao Antissemitismo, participou da audiência.

“É ofensivo e lamentável que líderes como Petro tenham comparado o que está acontecendo [em Gaza] com Hitler. Estamos muito decepcionados que alguns tenham decidido suspender as relações com Israel e outros, como a Colômbia, tenham chamado os seus embaixadores para consultas”, afirmou Lipstadt.

Declarações do ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, e do presidente da Bolívia, Luis Arce, também foram mencionadas na audiência.

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