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La Paz – O governo da Bolívia anunciou que vai concluir dentro do prazo de 180 dias (contados desde o dia 1.º) o processo de nacionalização do gás, numa demonstração de que a reação das petrolíferas e dos governos do Brasil e da Espanha já eram esperadas. As auditorias nas empresas do setor devem ser encerradas em 90 dias, segundo o ministro de Hidrocarbonetos, Andrés Soliz Rada. A intenção é comprovar se as companhias investem realmente "fabulosas" quantias na exploração e exportação dos campos de hidrocarbonetos, disse Rada à imprensa boliviana. As empresas devem ser auditadas por especialistas ainda não contratados, diz La Paz.

O governo boliviano decretou ontem a nacionalização das ações de empresas de petróleo e gás que estão sob controle de fundos de pensão do país vizinho. O banco espanhol BBVA e a seguradora suíça Zurich Financial, que administram dois fundos de pensão na Bolívia, terão que repassar as ações que estão sob seu controle nas empresas petrolíferas Andina, Tranredes e Chaco à estatal boliviana YPFB.

Segundo o decreto assinado pelo vice-presidente da Bolívia, Alvaro García Linera, se a transferência não for feita em três dias haverá intervenção nesses fundos de pensão. O presidente boliviano, Evo Morales, ressaltou ontem que a decisão não é uma desapropriação, mas somente uma mudança de gestão.

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