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Um ex-chefe do banco central tailandês e um ex-porta-voz do Senado se juntaram a um grupo de possíveis candidatos a primeiro-ministro da Tailândia, quatro dias após o golpe no país. O nome será escolhido pelos militares.

De acordo com o jornal Bankgok Post, o ex-chefe do banco central Chatu Mongol Sonakul teria sido indicado devido à sua experiência nos setores monetário e fiscal, bem como pelo seu reconhecimento na comunidade mundial. Segundo fontes militares e civis próximas aos líderes do golpe, o ex-porta-voz do Senado Meechai Richuphand, que está redigindo leis para os líderes da junta militar, também é cotado.

Quatro dias depois do golpe que derrubou o governo democraticamente eleito de Thaksin Shinawatra, espera-se que os militares tailandeses cumpram a promessa de escolher um líder interino dentro de duas semanas, para conduzir reformas políticas e eventuais eleições.

O golpe é o décimo-oitavo na Tailândia desde que o país se tornou uma monarquia constitucional em 1932, mas o primeiro em quinze anos.

Autoridades e empresários estão particularmente preocupados com os efeitos do golpe sobre os investimentos e a economia, já prejudicados pela crise de quase um ano no governo tailandês.

Os jornais especulam sobre quem será nomeado pela junta militar, que se auto-denominou Conselho para a Reforma Democrática sob a Monarquia Constitucional.

"Queremos ter certeza de que a pessoa escolhida será bem aceita pelo povo. Levará tempo, mas não passará de 14 dias'', disse o porta-voz da junta militar, major General Thawip Netniyom.

Os militares tailandeses disseram ter sido forçados a realizar o golpe militar, ocorrido na terça-feira, porque não havia outra maneira de resolver a crise que colocava Thaksin, que venceu as eleições duas vezes por ampla margem de votos, contra a velha guarda determinada a tirá-lo do poder.

Thaksin estava em Nova York na Assembléia Geral da ONU no momento do golpe. Ele está agora em Londres, onde sua filha estuda, e foi fotografado fazendo compras com amigos e parecendo descontraído. Os líderes do golpe disseram que Thaksin é bem-vindo se quiser voltar à Tailândia, mas que teria que enfrentar acusações, incluindo um processo por fraude eleitoral.

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