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Pelo menos 43 estudantes morreram no suposto ataque do grupo radical islâmico Boko Haram a uma escola de ensino médio na cidade nigeriana de Buni Yadi, informaram nesta quarta-feira (26) fontes hospitalares.

Esse número representa um aumento significativo em relação às 29 vítimas mortais registradas após o ataque, ocorrido na madrugada de terça-feira (25).

"Até o momento, 43 corpos foram levados (da escola) para necrotério", confirmaram ao jornal local "The Punch" fontes do Hospital Sani Abacha Specialist, em Damaturu, capital do estado de Yobe, onde se localiza Buni Yadi.

O exército nigeriano enviou soldados para o local para encontrar os responsáveis pelo massacre, que foi condenado pelo presidente da Nigéria, Goodluck Jonathan.

Em comunicado oficial, Jonathan reprovou "o assassinato atroz, brutal e sem sentido dos estudantes sem culpa por parte de terroristas e fanáticos transtornados, que perderam claramente toda a moralidade humana e desceram à bestialidade".

"As Forças Armadas da Nigéria e outras agências de segurança continuarão a guerra contra o terrorismo com todo o vigor, diligência e determinação até que a obscura nuvem de assassinatos maciços e destruição de vidas e propriedades seja removida de nosso horizonte de forma permanente", acrescentou o chefe do Estado.

Segundo a imprensa local, o fato aconteceu na madrugada de terça-feira, quando os agressores mataram os alunos com armas brancas ao invés de pistolas, como habitualmente fazem, para evitar chamar a atenção.

Após assassiná-los, os criminosos queimaram a escola, que também servia de residência para os estudantes.

Buny Yadi está localizada em Yobe, um dos três Estados nigerianos que se encontram sob emergência oficial pelos frequentes ataques do Boko Haram.

Yobe já foi cenário de uma ação similar em setembro do ano passado, quando um colégio de ensino agrícola foi atacado por homens armados, supostos membros do Boko Haram, que mataram 40 estudantes.

O grupo radical, cujo nome significa em línguas locais "a educação não islâmica é pecado", luta para impor a sharia (lei islâmica) na Nigéria, de maioria muçulmana no norte e predominantemente cristã no sul.

Desde 2009, quando a polícia matou o líder do Boko Haram, Mohammed Yousef, os radicais mantêm uma sangrenta campanha que deixou mais de três mil mortos, de acordo com números do exército nigeriano.

Com uns 170 milhões de habitantes integrados em mais de 200 grupos tribais, Nigéria, o país mais povoado da África, sofre múltiplas tensões por suas profundas diferenças políticas, socioeconômicas, religiosas e territoriais.

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