Um argelino acusado de planejar ataques durante eventos esportivos para matar milhares de pessoas foi sentenciado hoje a 27 anos de prisão na Austrália. O clérigo Abdul Nacer Benbrika foi uma das sete pessoas declaradas culpadas por um júri em setembro, no que a promotoria qualificou como a maior conspiração terrorista ocorrida no país. Os promotores afirmaram que Benbrika pediu a seus seguidores que lançassem um ataque para obrigar o governo australiano a retirar suas tropas do Afeganistão e do Iraque.
Segundo a promotoria, o clérigo confessou que o atentado deveria matar pelo menos mil pessoas para alcançar o objetivo, inclusive mulheres, crianças e idosos. Não houve nenhum ataque, mas, de acordo com os promotores, o grupo, sediado na segunda maior cidade do país, Melbourne, já havia identificado estações de trem e centros esportivos como possíveis alvos.
"O grupo talvez possa ter sido somente uma organização terrorista embrionária (...), mas a organização fomentou e alentou seus membros a se envolverem em uma guerra santa violenta e a realizarem atos terroristas", afirmou o juiz Bernard Bongiorno, da Corte Suprema do Estado de Vitória.
Benbrika, que tem 48 anos, foi condenado por dirigir atividades terroristas, participar de tal entidade e por posse de material vinculado à preparação de um atentado. O juiz ordenou que as sentenças fossem cumpridas ao mesmo tempo, sem direito à liberdade condicional por 12 anos. Bongiorno também sentenciou hoje seis dos seguidores de Benbrika, com penas entre quatro e sete anos e meio por participação no grupo.
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