O Governo da Austrália garantiu neste sábado (18) que manteve contato com Julian Assange em oito ocasiões desde que o ativista australiano passou a refugiar-se na Embaixada do Equador em Londres.

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As autoridades de Canberra também confirmaram ter feito preparativos para o caso de o fundador do site WikiLeaks ser extraditado para os Estados Unidos.

O último destes contatos em nível consular com Assange aconteceu na terça-feira, dois dias antes de o Equador lhe conceder asilo diplomático, assinalou em uma nota à imprensa o ministro das Relações Exteriores australiano, Bob Carr.

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Durante essa conversa, Assange, que desde 19 de junho está na legação equatoriana em Londres, recusou a oferta de assistência consular, mas agradeceu a ajuda, segundo informou a emissora estatal "ABC".

O fundador do WikiLeaks se refugiou na Embaixada do Equador para evitar sua extradição à Suécia, onde é acusado por supostos delitos sexuais.

Desde que foi detido no Reino Unido, em dezembro de 2010, a defesa de Assange tenta por todos os meios evitar sua extradição à Suécia por temer a sua posterior entrega às autoridades dos EUA, o país mais prejudicado pela difusão de milhares de documentos diplomáticos secretos do WikiLeaks.

Segundo documentos oficiais publicados pela empresa de comunicação australiana Fairfax, o Governo da Austrália não vê nenhum inconveniente quanto a uma possível extradição do ativista, e por meio de seu embaixador em Washington solicitou apenas um aviso anterior à consumação da medida.

Essas informações foram confirmadas pelo ministro do Comércio, Craig Emerson, que em declarações à rede "ABC" disse que a embaixada "se prepara para uma eventual extradição".

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No entanto, Emerson precisou que até o momento o Governo da Austrália carece de evidências de que os EUA estejam preparando a extradição de Assange.

Já o ministro das Relações Exteriores, Bob Carr, assegurou em maio perante o Senado australiano que os EUA não tinham nenhuma intenção de processar o fundador do WikiLeaks.

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