O primeiro-ministro da Austrália, Kevin Rudd, declarou nesta terça-feira (27) que está "claro" que o governo do presidente Bashar al Assad usou armas químicas contra a população civil na Síria.

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Ruud ressaltou que ainda abordou o tema com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que avalia uma intervenção militar na Síria por causa das denúncias contra o regime de Bashar al Assad em relação ao suposto ataque com armas químicas sobre a população civil.

A rebelde Coalizão Nacional Síria (CNFROS) denunciou que pelo menos 1,3 mil pessoas morreram na última quarta-feira em consequência de um ataque com gases químicos lançado pelo regime de Assad na região de Guta Oriental, situada nos arredores de Damasco.

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As acusações foram negadas imediatamente pelas autoridades sírias, que, por outro lado, acusaram as tropas rebeldes pelo suposto ataque de armas químicas.

"A situação na Síria é muito grave", apontou o primeiro-ministro australiano após lembrar à comunidade internacional de massacres como a de Srebrenica ou o genocídio em Ruanda, segundo o canal "ABC".

A organização Médicos Sem Fronteiras, por sua parte, indicou que desde a última quarta-feira pelo menos 355 pessoas morreram por causa da utilização de "neurotóxicos".

O Exército da Austrália está em permanente contato com seus aliados americanos sobre uma possível resposta militar pelos crimes cometidos na Síria.

"Ele (Obama) está consultando dois temas com os aliados: para onde apontam as evidências, em termos de quem é o responsável de um evidentemente claro ataque com armas químicas e, em segundo lugar, o que deverá fazer agora a comunidade internacional", declarou Rudd.

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"Esta é uma questão importante, não só para os eventos imediatos na Síria em si, mas em direção a um princípio internacional mais amplo que indica que qualquer regime do mundo pode matar sua população com armas químicas e fazer sua própria vontade sem nenhum tipo de sanção", finalizou.

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