Beslan – A Corte Suprema da república russa da Ossétia do Norte condenou à prisão perpétua Nurpashi Kulayev, 26 anos – único terrorista do grupo checheno que atacou Beslan em 1.º de setembro de 2004 capturado vivo. Ele foi acusado de assassinato, tentativa de assassinato, participação em ato terrorista, seqüestros, porte e transporte ilegal de armas, entre outros crimes. No ataque a Beslan, 1,3 mil pessoas foram mantidas reféns e 331 morreram. Entre os mortos, havia 186 crianças.

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Promotores pediram que Kulayev fosse condenado à pena de morte, mas, desde 1996, a lei russa prevê uma moratória que permite a troca da pena capital por prisão perpétua. A Promotoria disse que irá insistir na pena de morte. A polícia russa matou os outros 31 terroristas que estavam com o acusado.

Quando os policiais retiraram Kulayev de seu box com vidros à prova de balas, as mães das vítimas tentaram atacá-lo, mas foram impedidas pelos guardas. Elas começaram então a chorar e gritar diante do tribunal, exigindo a pena de morte. O condenado murmurou que tudo não passava de uma grande mentira.

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Já os grupos de famílias das vítimas, o Comitê das Mães de Beslan e a Voz de Beslan, comemoraram a condenação do checheno à prisão perpétua. Eles reiteraram suas exigências para que os membros do governo encarregados de administrar a crise também sejam julgados. A intenção é evitar que Kulayev sirva de bode expiatório.

As mães das vítimas de Beslan exigiram que constassem no dossiê de investigação elementos sobre a utilização pelas forças especiais de armas pesadas (granada incendiária, obus de tanque) durante o ataque, enquanto os reféns, talvez vivos, ainda estavam na escola. As autoridades russas reconheceram os fatos, mas afirmaram que a invasão da escola ocorreu quando não havia perigo para os reféns.