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Duas autoridades do Federal Reserve dos EUA defenderam uma ação mais agressiva por parte do banco central americano, com um dizendo que a economia precisa de "muito mais" ajuda e o outro destacando as lições dolorosas aprendidas pelo Japão.

Com quase um em cada dez americanos em idade de trabalhar desempregado, com a inflação já muito baixa e correndo o risco de cair ainda mais, espera-se que o banco central americano ofereça mais suporte à economia em sua próxima reunião em 23 de novembro.

A maioria dos analistas acredita que o Fed vai dar início a uma nova rodada de compras de títulos públicos, acima do 1,7 trilhão de dólares em ativos de longo prazo que ele já adquiriu.

"Na minha opinião, hoje é apropriado que se promova muito mais afrouxamento monetário", disse o presidente do Federal Reserve Bank de Chicago, Charles Evans, numa conferência realizada pelo Fed de Boston, repetindo declaração que ele já havia feito no começo do mês.

Eric Rosengren, presidente do Fed de Boston, disse no mesmo evento que a batalha travada pelo Japão contra a deflação mostra que a prevenção pode ser bem mais fácil do que a cura, e que os legisladores devem responder agressivamente antes que a deflação "perniciosa" aconteça.

"Proteger-se do risco de deflação pode ser muito mais barato do que esperar até que ela aconteça para lidar com ela", disse Rosengren, que tem uma visão mais pessimista do futuro da economia do que alguns dos seus colegas do banco central.

"Uma reação gradual pode não ser tão eficaz quanto uma ação mais ativa para deter as pressões deflacionárias antes que elas sejam incorporadas de forma a afetar os gastos domésticos e empresariais", disse ele.

A inflação dos EUA caiu inesperadamente em setembro, mesmo com o aumento das vendas, pressionando ainda mais o Fed a agir logo para diminuir o risco de uma queda de preços generalizada.

As taxas de juros extremamente baixas nos países ricos e a perspectiva de que o Fed injete mais dólares na economia estão direcionando um enorme fluxo de capital para mercados emergentes com altas taxas de rendimento, valorizando suas moedas.As tensões resultantes desse movimento deverão ser um dos principais temas abordados nas reuniões que acontecerão na Coreia do Sul na semana que vem com as principais autoridades financeiras mundiais.

As recentes declarações de Rosengren e Evans os colocam claramente no time dos que defendem que a política monetária pode e deve fazer mais para apoiar a economia.

Ben Bernanke, presidente do Fed, ao falar na sexta-feira, pareceu ser favorável a esse ponto de vista quando deu o sinal mais explícito até agora de que mais flexibilização está a caminho.

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