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O Ministério do Interior do Egito informou nesta segunda-feira (29) que foram encontrados 11 corpos com sinais de torturas nos últimos dias na zona de Rabea al Adauiyar e na praça de Al-Nahda, no Cairo, onde os islamistas realizam seus protestos.

Em comunicado, este departamento explicou que seis corpos foram encontrados em Rabea al Adauiyar, enquanto outros cinco apareceram em Al-Nahda.

Além disso, dez feridos denunciaram perante as forças de segurança terem sido torturados por manifestantes nestes dois lugares e acusaram membros da Irmandade Muçulmana de ter-lhes agredido.

Por outro lado, a polícia encontrou três corpos com sinais de tortura na zona de Al Omraniya, na província de Guiza, próxima ao Cairo, e deteve um dos acusados de ter efetuado o crime.

O detido reconheceu nos interrogatórios que ele e outros manifestantes da praça de Al-Nahda torturaram as vítimas em uma das tendas de campanha montadas no local.

O Ministério do Interior afirmou em comunicado que investiga cada fato para identificar os agressores e pediu aos cidadãos que comuniquem qualquer incidente deste tipo.

Ontem à noite, o Conselho de Defesa Nacional solicitou aos manifestantes islamitas de Rabea al Adauiya e de Al-Nahda que anunciem "imediatamente" sua renúncia a todo tipo de violência e de terrorismo.

Além disso, advertiu que vigiará os protestos e tomará medidas estritas contra qualquer violação da lei.

Estes manifestantes são seguidores do deposto presidente Mohammed Mursi que rejeitam o golpe militar do dia 3 e organizam protestos contínuos para pedir seu retorno ao poder.

Os islamitas convocaram novas manifestações para hoje e amanhã, coincidindo com a visita da chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Catherine Ashton, que se reuniu no Cairo com as novas autoridades egípcias.

Ashton pediu às partes no Egito que mantenham o autocontrole e se afastem da violência.

O Cairo foi palco na noite da sexta-feira de sangrentos distúrbios que deixaram 72 seguidores de Mursi mortos e cerca de 300 feridos.

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