O governo da Bolívia e representantes do Departamento de Potosí disseram neste domingo (15) que se aproximavam de um acordo para acabar com o protesto que paralisa grandes minas estrangeiras no país e mantém uma cidade inteira bloqueada por mais de duas semanas.

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No segundo dia de negociações, na cidade de Sucre, estava pendente somente uma das seis demandas que resultaram no conflito, um dos mais graves enfrentados pelo presidente Evo Morales.

A greve, iniciada por uma disputa de limites entre dois departamentos andinos e agravada por exigências de investimentos, forçou a suspensão das operações de filiais na Bolívia da mineradora norte-americana Coeur D'Alene, da suíça Glencore e da japonesa Sumitomo.

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"Estamos a ponto de concluir esse diálogo e seguramente nas próximas horas vamos retornar a Potosí para informar sobre os acordos", disse um dos líderes do protesto, Celestino Condori, a jornalistas.

O ministro Carlos Romero afirmou à TV estatal que o fim do conflito estava muito próximo. Ele disse esperar que os líderes do movimento já ordenassem o fim do protesto, que deixou a cidade de Potosí 18 dias bloqueada, durante as negociações.

No entanto, Condori advertiu que um desfecho formal do movimento poderia demorar até que os acordos sejam apresentados a um "conselho consultivo" de instituições de Potosí, onde na manhã deste domingo houve choques entre ativistas e viajantes afetados pelo bloqueio.

Entre os acordos firmados estavam os relacionados ao limite entre os departamentos de Potosí e Oruro, à construção de um aeroporto e de uma fábrica de cimento e à reativação de uma siderúrgica. Ainda se negociava exigências sobre estradas.

As minas San Bartolomé, da Coeur, e Porco, da Glencore, ficaram duas semanas paradas porque seus trabalhadores participaram do movimento.

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