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Dez civis, incluindo uma menina de dez anos, foram mortos em um ataque aéreo do governo do Iêmen que aparentemente errou o alvo pretendido, um carro com militantes islamistas, disseram autoridades tribais e moradores da região nesta segunda-feira (3).

O ataque com mísseis na região montanhosa no centro do país, no domingo (2), provocou protestos enfurecidos de parentes das vítimas, disseram moradores.

O empobrecido país da Península Árabe tornou-se um campo de batalha crucial para os Estados Unidos em sua guerra contra militantes da Al Qaeda.

O Iêmen vive em turbulência desde o início do levante contra o antigo governante Ali Abdullah Saleh, em janeiro do ano passado. Saleh renunciou em fevereiro, porém militantes conseguiram fortalecer sua influência em regiões remotas durante as agitações populares.

Autoridades inicialmente disseram que uma aeronave não tripulada dos EUA havia matado cinco pessoas em um ataque na noite de domingo.

Entretanto, moradores disseram na segunda-feira que um avião de guerra iemenita havia atingido um carro, matando dez pessoas, incluindo uma mulher de 40 anos e sua filha de 10 anos de idade.

"Parece que aviões de guerra iemenitas erraram o veículo que transportava suspeitos militantes e ao invés atingiram um carro com civis, que foram mortos e quatro ficaram feridos", disse uma autoridade de um clã da região montanhosa da Radaa à Reuters.

"Aconteceu que o carro que carregava militantes da Al Qaeda passou no mesmo lugar em que o de civis estava", acrescentou.

Famílias das vítimas marcharam na noite de domingo em protesto pelas mortes, disse uma testemunha à Reuters. O incidente poderia alimentar o já crescente ressentimento com a campanha norte-americana e iemenita contra militantes, que rotineiramente tira a vidas de civis.

"Haverá uma reunião hoje com os chefes das tribos e autoridades do governo. As pessoas estão enfurecidas e querem que isto pare", afirmou outra autoridade tribal.

A Al Qaeda na Península Árabe está baseada no Iêmen e tem realizado operações no país vizinho Arábia Saudita e tenta lançar ataques contra os EUA.

O governo norte-americano, que teme que a militância islamista espalhe-se no Iêmen, intensificou ataques com naves não-tripuladas em resposta.

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