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Santiago – O governo da presidente Michelle Bachelet elogiou ontem a decisão do Exército de expulsar de suas fileiras o capitão Augusto Pinochet Molina, neto do ex-ditador e general Augusto Pinochet. Na segunda-feira, o jovem capitão violou a lei de disciplina das Forças Armadas ao realizar críticas contra o governo Bachelet, defender o golpe de Estado de 1973 protagonizado por seu avô e acusar a Justiça de perseguir sua família (os Pinochet estão sendo processados por enriquecimento ilícito).

O ministro do Interior, Belisario Velasco, declarou que o governo esperava que o chefe do Exército, general Oscar Izurieta tomasse a medida de expulsar o jovem.

O neto de Pinochet afirmou ontem que tinha intenção de se distanciar desta instituição antes de pronunciar seu polêmico discurso. Em entrevista ao jornal La Segunda, Molina disse que "já estava negociando com os comandantes (o desligamento do Exército)". "Não me sentia bem ali." O ex-capitão não disse por quais motivos não se sentia bem na instituição comandada por seu avô durante 25 anos (1973-1998). Segundo uma nota do Exército, não estava previsto que o capitão fosse discursar.

Para supresa geral, o rapaz ressaltou que seu avô "em plena Guerra Fria derrotou o modelo marxista". Em meio aos aplausos dos 4 mil presentes, ele disse que seu avô derrotou o marxismo "não pelo voto, mas diretamente, pela via armada".

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