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Autoridades do Iraque proibiram a circulação de veículos e as forças de segurança foram colocadas em estado de alerta neste domingo para impedir possíveis ataques contra torcedores de futebol, enquanto as divididas comunidades do país vivem um raro momento de união antes da final da Copa da Ásia.

Os iraquianos, que tiveram poucos motivos para celebrar em quatro anos de violência, estão preparando festas no país inteiro, apesar dos ataques suicidas que mataram mais de 50 pessoas em Bagdá, após a vitória de quarta-feira da seleção nacional na semifinal da competição contra a Coréia do Sul.

Um porta-voz militar em Bagdá disse que o toque de recolher será imposto na capital a partir das 16h (9h, horário de Brasília) até as 6h de segunda-feira.

Também foram anunciadas medidas similares na volátil cidade de Kirkuk, no norte do país, e nas cidades sagradas xiitas de Najaf e Kerbala, no sul, onde segundo autoridades há informações de inteligência sobre possíveis ataques com carros-bomba.

O porta-voz afirmou que as forças de segurança estão "esperando ataques terroristas" contra os torcedores. Ele também advertiu contra o costume de disparos com armas de fogo para o ar, tradicional celebração tribal que costuma resultar em mortes.

Neste domingo, dia útil no mundo árabe, o comércio de Bagdá começou a esvaziar na hora do almoço e funcionários de escritórios saíram mais cedo do trabalho, antes da final.

O Parlamento anunciou que os jogadores receberão prêmios, mesmo se perderem.

O jogo contra a favorita Arábia Saudita, em Jacarta, estava programado para começar às 9h35 (horário de Brasília).

O Iraque nunca havia chegado à final, e a vitória sobre a Coréia do Sul nos pênaltis provocou celebrações espontâneas nas ruas do país.

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