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      Bruxelas - O presidente da Comissão Eu­­ropeia (órgão executivo da União Europeia), José Manuel Durão Barroso, 53 anos, conquistou on­­tem um segundo mandato de cinco anos em uma votação com ma­­ioria absoluta no Parlamento eu­­ropeu. O político português obteve 382 votos a favor, 219 contra e 117 abstenções. A votação, de ca­­ráter secreto, contou com 718 dos 736 deputados que compõem a Eurocâmara. A votação do primei­­ro mandato de Barroso, em julho de 2004, registrou 413 votos a favor, 251 contra e 44 abstenções.

      Barroso, que antes enfrentava uma ampla oposição no Parla­­mento, conseguiu convencer o grupo liberal e a parte dos socialistas, cujos votos se somaram aos do Partido Popular Europeu (PPE) e aos britânicos, tchecos e poloneses, grupos que defenderam o tem­­po todo sua candidatura.

      "Quero agradecer pela grande confiança que depositam em mim", disse Barroso ao plenário, imediatamente depois da votação. "Acho que é um sinal do apoio com o qual vou contar no Parla­­mento Euro­­peu para meu programa", disse o presidente da Comis­­são Europeia, que se comprometeu a trabalhar junto a "to­­dos os gru­­pos políticos que querem uma Europa de solidariedade e liberdade".

      Barroso agradeceu ainda o apoio do primeiro-ministro português, o socialista José Sócrates, que, assim como outros líderes da social-democracia europeia, facilitaram sua nomeação, apesar de pertencer a famílias políticas distintas.

      "Como presidente da Comis­­são, meu partido será a Europa e todos os que quiserem me acompanhar na aventura que é a construção da união europeia; com to­­dos eles, tentarei estabelecer acordos", ressaltou.

      Apesar de a maioria simples ser suficiente para a reeleição, a maioria absoluta obtida nesta quarta-feira deve garantir a Bar­­roso estabilidade em seu mandato mesmo que entre em vigor o novo Tratado de Lisboa.

      O tratado determina a maioria absoluta para sair eleito como o presidente da Comissão Europeia, por isso algumas forças tinham in sistido em que, se o português não a obtivesse agora, deveria voltar a passar pela Eurocâmara sob as novas regras.

      O Tratado de Lisboa – que pretende melhorar o funcionamento das instituições de uma União Europeia ampliada a 27 membros – ainda precisa ser confirmado pela Irlanda, por referendo no dia 2 de outubro, e ratificado pelos Parlamentos de Polônia, República Tcheca e Alemanha.

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