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Belém, Cisjordânia (Reuters) – Os peregrinos que percorrerem o histórico caminho ligando Jerusalém a Belém neste Natal vão se deparar com um beco sem saída – um muro de concreto e um portão de metal controlados pelas Forças Armadas de Israel. A poeirenta estrada que leva ao local de nascimento de Jesus serve de porta de entrada para Belém desde os tempos bíblicos e teria sido percorrida por José e Maria. Mas hoje ela leva para o que o prefeito da cidade chamou de "a maior prisão do mundo".

Na entrada da cidade, há um novo ponto de passagem controlado pelos militares israelenses e dotado de equipamentos de alta tecnologia. Ali, os visitantes precisam atravessar máquinas de raios X e ver seus passaportes serem escaneados antes de ingressar em Belém, do outro lado do muro de oito metros de altura.

Belém celebra seu primeiro Natal depois de ter sido completamente isolada de Jerusalém, a cidade adjacente, pela barreira erguida por Israel e condenada pela comunidade internacional. A obra, segundo o Estado judaico, serve para evitar que homens-bomba palestinos entrem em seu território. O turismo em Belém melhorou um pouco neste ano depois de a economia da cidade ter mergulhado em uma profunda depressão cinco anos atrás, quando se iniciou o levante palestino em nome da independência, transformando a cidade em um campo de batalha. Defendendo a barreira, Israel diz que ela conseguiu deter 90% dos atentados suicidas desde que começou a ser construída, três anos atrás. Para os palestinos, a barreira representa a fixação unilateral de uma linha de fronteira da qual discordam.

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