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Castelgandolfo, Itália – Em sua primeira aparição pública desde o início da atual crise com a comunidade muçulmana, o Papa Bento XVI lamentou ontem a fúria gerada por seu discurso sobre a jihad (guerra santa) feito na última terça-feira.

O Pontífice, que disse estar "profundamente desgostoso" pelos acontecimentos, garantiu que as críticas feitas ao profeta Maomé por um imperador bizantino do século 14 citadas por ele na universidade de Regensburg, na Alemanha, não refletem sua opinião pessoal sobre o assunto. "Essas palavras eram na verdade uma citação de um texto medieval e de maneira alguma expressam minhas visões pessoais", disse o Papa a fiéis em sua residência de verão em Catelgandolfo. Bento XVI destacou também que o secretário de Estado do Vaticano já havia divulgado um pronunciamento tentando explicar seu discurso.

"Eu espero que isso sirva para apaziguar os corações e clarear o verdadeiro significado do meu pronunciamento, que em sua totalidade era e é um convite para um diálogo franco e sincero, com grande respeito mútuo."

Discursando sobre sua peregrinação à Alemanha na semana passada, ele disse: "Neste momento, eu gostaria de acrescentar também que estou profundamente desgostoso pelas reações em alguns países a pequenas passagens do meu pronunciamento, que foi considerado ofensivo à sensibilidade dos muçulmanos".

Bento XVI parecia relaxado quando cumprimentou os peregrinos que esperavam por seu discurso sob a chuva fina diante do jardim da casa de verão. Ele sorriu e disse esperar uma melhoria no tempo para a sua audiência geral, que será na próxima quarta-feira.

Policiais confiscaram guarda-chuvas de metal de alguns dos peregrinos como parte de um reforçado esquema de segurança montado para o pronunciamento do Pontífice. No sábado, o grupo radical islâmico iraquiano Khaiech al-Mujahedin prometeu lançar ataques contra Roma e o Vaticano em resposta às palavras de Bento XVI.

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