Silvio Berlusconi fez ataques aos seus opositores durante entrevista nesta quarta-feira (10)| Foto: Reuters

O primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, lançou uma ofensiva nesta quarta-feira depois de acusar a oposição de usar truques sujos para excluir os candidatos de seu partido das eleições regionais e anunciar uma manifestação de protesto em nível nacional.

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Em um conturbada entrevista coletiva, na qual uma pessoa brigou com um de seus ministros, Berlusconi descartou adiar as eleições em 13 das 20 regiões do país previstas para 28 e 29 de março, apesar de duas sentenças que rejeitaram a apelação de seu partido para ser incluído no pleito na província de Roma.

O magnata dos meios de comunicação, de 73 anos, acusou membros da oposição de evitar fisicamente que seu partido, o Povo da Liberdade (PDL), se inscrevesse na lista de candidatos nos escritórios eleitorais de Roma antes de que acabasse o prazo, ao meio-dia de 27 de fevereiro.

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Em uma reconstrução detalhada dos acontecimentos, o primeiro-ministro de centro-direita disse que os membros do Partido Radical foram instigados pelos juízes, que determinaram que o PLD estava fora do prazo. Ele descreveu a oposição de "antidemocrática".

"É como um time de futebol que quer entrar em campo sem nenhum oponente e um árbitro amigo deixa a equipe rival trancada no vestiário", disse Berlusconi, que convocou uma manifestação pró-governo para 20 de março, em Roma.

Uma pesquisa da IRP, publicada nesta quarta-feira no jornal de centro-esquerda La Repubblica, mostrou que a popularidade de Berlusconi caiu para 44 por cento e o apoio a seu governo para 38 por cento, dados que, segundo o jornal, são os mais baixos desde maio de 2005.

Segundo outras pesquisas, a coalizão de centro-direita poderia assumir o controle de várias das 11 regiões controladas pela oposição.

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