Um tribunal de Milão condenou nesta quinta-feira (7) a um ano de prisão o ex-primeiro-ministro da Itália Silvio Berlusconi pelo caso Unipol, a publicação ilícita de escutas telefônicas no jornal "Il Giornale", propriedade de seu irmão Paolo, que recebeu uma pena de dois anos e três meses.

CARREGANDO :)

Os juízes consideraram ambos culpados pela revelação de segredo profissional ao divulgarem uma escuta de procedência ilícita no jornal "Il Giornale" em 2005. Paolo Berlusconi também foi acusado de receptação.

A promotoria tinha pedido uma condenação de um ano de prisão para Berlusconi e de três anos e três meses para seu irmão. O jornal publicou uma conversa entre o presidente da seguradora Unipol, Giovanni Consorte, e o então líder do partido Democrata de Esquerda (DS), Piero Fassino, sobre a suposta tentativa de ambos de assumir o controle da instituição bancária Banca Nazionale del Lavoro (BNL).

Publicidade

Segundo a acusação, o diretor da empresa Research Controle System, Roberto Raffaelli, ofereceu a gravação aos irmãos Berlusconi na residência do ex-primeiro-ministro na cidade de Arcore.

O objetivo da divulgação era prejudicar o então principal adversário político de Berlusconi. O tribunal também determinou o pagamento de indenização de 80 mil euros para Fassino, que deverá aguardar a decisão final da justiça, já que a defesa ainda pode apelar.

Os advogados de Berlusconi expressaram sua "total surpresa" com o veredicto. A sentença de hoje é uma das três que o ex-primeiro-ministro espera nos próximos dias. Na semana que vem, será definido o caso Ruby, no qual Berlusconi é acusado de abuso de poder e prostituição de menores, e no final de mês chegará o veredicto do caso Mediaset, onde o político é processado por fraude fiscal.