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Defensores dos direitos dos homossexuais acusam Berlusconi de homofobia | AFP Photo/Filippo Monteforte
Defensores dos direitos dos homossexuais acusam Berlusconi de homofobia| Foto: AFP Photo/Filippo Monteforte

Roma - O primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, 74 anos, rejeitou ontem os pedidos para que renuncie por causa das notícias de que ele ajudou uma garota de 17 anos, que participou de festas em sua casa, e disse que é "me­­lhor gostar de garotas bonitas do que ser gay." Berlusconi negou ter feito alguma coisa de errado, depois de o caso da garota co­­nhe­­cida como Ruby ter saído nos jor­­nais italianos na semana passada e de os parlamentares de oposição terem pedido a sua renúncia.

"Como sempre, eu trabalho sem interrupção e, se ocasionalmente ocorreu de eu olhar nos olhos de uma garota bonita, é melhor gostar de garotas bonitas do que ser gay", disse ele numa reunião em uma exposição da indústria de motocicletas em Milão. "Esse é um governo que ainda tem a maioria e planeja governar até o fim de seu mandato", afirmou.

Berlusconi já se complicou com a mídia no passado por causa de partidos e de mulheres. Ele está sob crescente pressão desde que os jornais trouxeram notícias na semana passada sobre a adolescente que frequentava as festas em sua casa suntuosa em Arcore, perto de Milão.

Um jornal divulgou detalhes de um telefonema que Berlus­­coni teria dado ao chefe da polícia de Milão em nome de Ruby, quando ela estava detida por roubo, em maio, suscitando questões sobre se ele teria intervindo de forma inapropriada. Berlusconi disse ter ajudado a garota, que teria recebido sete mil euros de Berlusconi depois de comparecer a duas festas, mas nega ter feito pressão im­­própria sobre os policiais.

"Essa tempestade recente nos jornais é uma tempestade de pa­­pel", afirmou Berlusconi. "Vocês verão no final que nada mais aconteceu além de um ato de so­­lidariedade do primeiro-ministro, sobre o qual eu não me en­­vergonharei."

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