Luigi di Maio, do Movimento 5 Estrelas, e Matteo Salvini, líder da Liga, estão próximos de chegar a um acordo sobre o novo primeiro-ministro da Itália| Foto: TIZIANA FABIAFP

Líderes do partido de direita Liga e do movimento 5 Estrelas disseram nesta quinta-feira (10) que fizeram progressos significativos nas negociações para formar um governo que ambos apoiam.

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Em uma declaração conjunta após uma reunião, os dois grupos disseram que deram "passos significativos" para definir quem seria o primeiro-ministro designado e os ministros de um governo de coalizão.

Um acordo entre as duas partes daria fim a mais de dois meses de disputas entre os partidos italianos após as eleições inconclusivas de 4 de março.

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O impasse foi quebrado na noite de quarta-feira (9), quando o ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi, que disputou as eleições em coligação com a Liga, disse que se afastaria de qualquer governo em potencial. O Movimento 5 Estrelas, que não se caracteriza como uma plataforma de governo, havia se oposto radicalmente ao governo com Berlusconi, que tem sido perseguido há anos por escândalos e foi condenado por fraude fiscal.

O líder da Liga, Matteo Salvini, e seu homólogo do 5 estrelas, Luigi Di Maio, disseram que há uma "atmosfera positiva", já que os dois partidos procuram estabelecer o programa de um governo conjunto e suas prioridades.

O Movimento 5 Estrelas e a Liga são diferentes, mas têm muitos traços em comum. Ambos criticam o euro, embora o 5 Estrelas tenha atenuado o tom de sua retórica recentemente. São céticos quanto às soluções do governo italiano para a imigração, que têm sido basicamente o resgate de refugiados provenientes do mar Mediterrâneo. E, o que é mais preocupantemente, eles têm se mostrado receptivos a alegações de que as vacinas são perigosas - sintoma de um ceticismo mais amplo em relação à ciência e aos "especialistas".

Se o acordo se concretizar, uma coalizão de governo entre o 5 Estrelas - um dos maiores partidos anti-establishment da Europa - e a Liga entregariam aos grupos anti-establishment da Europa uma de suas maiores vitórias até hoje.

Fonte: Dow Jones Newswires.

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