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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anuncia novas medidas de combate ao coronavírus e regras para funcionários federais, na Casa Branca, 29 de julho
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anuncia novas medidas de combate ao coronavírus e regras para funcionários federais, na Casa Branca, 29 de julho| Foto: EFE/EPA/Oliver Contreras / POOL

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta quinta-feira (29) novas medidas de combate à pandemia de Covid-19, incluindo a exigência de que funcionários públicos federais comprovem que foram vacinados, ou terão que apresentar testes semanais, usar máscaras obrigatoriamente, manter distanciamento e se submeter a outras regras.

"Essa é uma tragédia americana. Pessoas que não precisam morrer estão morrendo - e continuarão morrendo", disse Biden em discurso na Casa Branca. "Leiam as notícias. Vocês verão histórias de pacientes não vacinados em hospitais; quando eles estão em seu leito morrendo de Covid-19, eles pedem, 'doutor, eu posso tomar a vacina?', e os médicos têm que dizer: 'desculpe, agora é tarde'".

O presidente americano pediu que as empresas privadas incentivem a vacinação com a criação de regras similares para os não vacinados. O plano da Casa Branca não obriga os funcionários a tomar uma vacina, mas dificulta a vida daqueles que não foram imunizados.

Biden também orientou o Departamento de Defesa que considere incluir a vacina contra Covid-19 na lista de imunizantes exigidos para membros das forças armadas. Horas após o anúncio, o Pentágono disse que os militares estarão sujeitos às mesmas regras: não vacinados precisarão fazer testes regulares, usar máscaras, manter distanciamento e terão limites de viagens oficiais.

Outras medidas anunciadas pela Casa Branca incluem compensações às empresas que oferecerem dias de folga para que funcionários levem familiares para se vacinar. Ele pediu ainda que os governos locais utilizem os recursos vindos do pacote de alívio da Covid-19 para oferecer um incentivo de US$ 100 para quem for se vacinar - medida que foi adotada pela cidade de Nova York nesta semana.

O governo federal americano emprega por volta de 4 milhões de pessoas, segundo a Associated Press. O número de pessoas potencialmente afetadas pelas novas regras pode ser ainda maior se forem considerados prestadores de serviços e pessoas que recebem algum tipo de subsídio ou bolsa federal.

Alta de casos

O anúncio de Biden é feito em um momento de alta de casos de Covid-19 nos Estados Unidos, que especialistas atribuem à circulação da variante delta, que se tornou predominante no país, e à hesitação em relação às vacinas, que estão disponíveis gratuitamente para pessoas com mais de 12 anos.

Atualmente, a vasta maioria de infectados pelo coronavírus nos EUA é de não vacinados - mais de 97% dos infectados que foram a um hospital não tinham sido imunizados, segundo informou o CDC americano em uma apresentação na Casa Branca há duas semanas. No mês de julho, a média de novos casos diários quadruplicou, chegando a quase 67 mil registros por dia, segundo monitoramento do New York Times. A média de mortes diárias pela Covid-19 nas últimas duas semanas foi de 316.

Cerca de 615 mil doses estão sendo aplicadas diariamente nos EUA, um número bem menor do que o auge em abril, quando 3,3 milhões de americanos estavam sendo vacinados todos os dias. Por volta de 49% da população americana - e 57,7% dos maiores de 12 anos - já receberam doses completas de vacinas contra o coronavírus.

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