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O presidente dos EUA, Joe Biden, em entrevista coletiva na Casa Branca, 25 de março
O presidente dos EUA, Joe Biden, em entrevista coletiva na Casa Branca, 25 de março| Foto: White House/ Adam Schultz

O presidente norte-americano Joe Biden anunciou nesta terça-feira (4) que os Estados Unidos doarão a outros países, até 4 de julho, cerca de 60 milhões de doses da vacina Oxford/AstraZeneca contra Covid-19. Questionado se Brasil e Índia poderiam ser beneficiados, Biden informou que não adiantaria quais seriam as nações que receberão os imunizantes, da AstraZeneca, mas disse que eles serão enviados até o prazo citado a outras nações, indicando que o Brasil pode ser beneficiado.

"Até o 4 de julho, nós teremos enviado cerca de 10% do [estoque] que temos para outras nações, incluindo algumas das que você mencionou".

Biden disse que o país já enviou doses da AstraZeneca para o Canadá e o México. Além disso, ressaltou a ajuda que os EUA têm prestado à Índia, citando o envio de oxigênio e de componentes para a produção de vacinas. Em outro momento do evento, Biden foi questionado por um repórter se apoiaria a quebra de patentes, para acelerar a produção de vacinas pelo mundo. Ele disse apenas que essa decisão seria tomada adiante, sem tomar posição.

Mais cedo, a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, afirmou que o governo dos Estados Unidos está em contato com o Brasil para fornecer ajuda a hospitais diante da aceleração da pandemia no país. Durante uma coletiva de imprensa, a assessora informou que o auxílio deve totalizar em torno de US$ 20 milhões em medicamentos usados para a intubação de pacientes. Segundo Jen Psaki, as negociações envolvem a Organização Pan-americana de Saúde (Opas) e ainda não estão finalizadas.

Recentemente, a Casa Branca anunciou que ajudaria no combate à crise sanitária na Índia, que tem registrado recordes de casos e mortes por Covid-19. A porta-voz informou que a ajuda enviada pela Casa Branca à Índia inclui 1.500 cilindros de oxigênio, 550 concentradores de oxigênio e uma unidade de geração de oxigênio em grande escala.

Ao ser questionada se uma parte dos estoques da vacina da AstraZeneca que serão doados pelos EUA irão para o Brasil, Psaki se limitou a responder que há "uma gama de solicitações" do mundo inteiro pelos imunizantes.

Vacinação para os jovens

Ainda nesta quarta-feira, Joe Biden anunciou novas metas para avançar mais na vacinação contra a Covid-19. Ele disse que, até o feriado local do 4 de julho, a meta oficial é que 70% dos americanos tenham recebido ao menos uma dose do imunizante, com 160 milhões de pessoas totalmente vacinadas.

Biden disse que já foram aplicadas mais de 220 milhões de vacinas contra o vírus, enquanto os casos e mortes pela Covid-19 têm recuado, sobretudo entre grupos de pessoas mais velhas, maioria entre os vacinados. Segundo ele, 70% dos mais velhos no país já estão agora completamente imunizados. "Dezenas de milhares de pessoas estão vivas por terem tido acesso a um programa rápido de vacinas", afirmou.

O presidente americano disse que seu governo tem como meta agora vacinar adolescentes entre 12 e 15 anos, assim que a agência reguladora local, o FDA, der o aval para isso. Também informou que as autoridades pretendem levar centros menores de vacinação para áreas com menos pessoas vacinadas, como nas zonas rurais, além de fazer um trabalho de convencimento para aqueles que ainda relutam em tomar o imunizante. Ele pediu que aqueles mais novos, na casa dos 30 ou 40 anos, também se vacinem, para se proteger e também aos mais velhos, e lembrou que o país ainda perde "centenas" de pessoas com menos de 65 anos para a doença a cada semana.

Mesmo com a meta de avançar mais na vacinação até o 4 de julho, Biden ressaltou que a campanha de vacinação nos EUA continuará depois disso.

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