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Juan Guaidó fala durante uma coletiva de imprensa em Caracas (Venezuela).
Juan Guaidó fala durante uma coletiva de imprensa em Caracas (Venezuela).| Foto: RAYNER PEÑA R/Agência EFE/Gazeta do Povo

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, elogiou em carta a "liderança" do presidente interino venezuelano Juan Guaidó e disse esperar que isso leve a uma "transição pacífica" na Venezuela, em um momento em que se tenta retomar as negociações com Nicolás Maduro.

A Casa Branca confirmou nesta terça-feira à Agência EFE a autenticidade da carta que Biden enviou ontem a Guaidó, por ocasião do aniversário da independência da Venezuela, e que representou um forte respaldo a Guaidó que os EUA e outros países reconhecem como presidente interino do país.

"Neste dia, refletimos sobre o tremendo trabalho que você, seu governo, a Assembleia Nacional eleita e, acima de tudo, o povo venezuelano realizaram em sua busca por uma transição pacífica e democrática na Venezuela", escreveu Biden.

A carta, na qual Biden não cita Guaidó nominalmente e apenas o chama de "senhor presidente", assegura que, sob a "liderança" do líder opositor e junto com a sociedade civil, "estão sendo preservados os ideais de liberdade, democracia e soberania" na Venezuela.

O presidente dos Estados Unidos também cita o libertador Simón Bolívar, que disse que "um povo que ama a liberdade acabará sendo livre", e conclui a carta expressando seu apoio aos objetivos de Guaidó.

"Continuamos comprometidos em apoiar a luta pela liberdade de todos os venezuelanos por meio de uma transição democrática e pacífica na Venezuela", destacou Biden.

A carta é divulgada em um momento em que a oposição liderada por Guaidó está imersa em negociações e contatos internacionais para fortalecer sua posição diante de uma nova tentativa de diálogo com Maduro.

No último mês de maio, Guaidó anunciou sua disposição de negociar com o governo de Maduro um "acordo de salvação nacional" para superar a crise na Venezuela e conseguir eleições gerais "livres" e "justas".

Maduro respondeu dizendo que está pronto para se encontrar com "toda a oposição", mas exige que as sanções internacionais sejam suspensas antes de se sentar para conversar.

No final de junho, Estados Unidos, União Europeia e Canadá abriram a porta para "rever as sanções" impostas à Venezuela se houver "um avanço significativo em uma negociação global" que permita eleições livres, e Guaidó vê essa possível medida como moeda de troca dependendo de como as conversas progridem.

Em seus primeiros meses no poder, porém, Biden não fez da Venezuela uma prioridade da política externa, apenas manteve o reconhecimento de Guaidó como presidente interino, conforme estabelecido em 2019 por seu antecessor, Donald Trump.

Depois que os Estados Unidos reconheceram Guaidó como presidente, o governante Nicolás Maduro ordenou a expulsão dos diplomatas americanos e o rompimento das relações com Washington.

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