Pessoas detidas durante recentes manifestações contra Lukashenko deixam a prisão em Minsk, em 14 de agosto de 2020| Foto: Sergei GAPON/AFP
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Centenas de pessoas detidas em manifestações contra o governo de Alexander Lukashenko, na Bielorrússia (ou Belarus) foram liberadas na manhã desta sexta-feira (14) e muitas delas contaram que apanharam e foram torturadas.

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Segundo a agência de notícias AFP, há relatos de manifestantes que tiveram suas mãos queimadas por cigarro, que receberam choques elétricos e apanharam enquanto estavam presos. Eles também contaram que as celas estavam lotadas e que foram privados de sono, de atendimento médico e até de comida e água. Uma mulher descreveu ter sido espancada e ameaçada de estupro coletivo. Algumas pessoas saíram da prisão em ambulâncias para serem levadas a hospitais.

O governo da Bielorrússia afirmou que prendeu mais de 6,7 mil pessoas desde domingo (9), quando começaram os protestos que questionam a reeleição de Lukashenko. Pelo menos duas pessoas morreram, uma delas sob custódia da polícia, e várias ficaram feridas.

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Após pressão internacional e mais protestos pedindo o fim da violência estatal, o regime decidiu liberar mil manifestantes que ainda estavam detidos. O ministro de assuntos internos, Yuri Karayev, fez um raro pedido de desculpas pela repressão policial e disse que assumia a responsabilidade pelos ferimentos causados às pessoas durante os protestos.

De acordo com o britânico The Guardian, os países europeus condenaram a violência policial e a União Europeia deve discutir possíveis sanções contra o governo de Lukashenko ainda nesta sexta-feira.