Londres – O premier britânico, Tony Blair, foi interrogado ontem como testemunha nas investigações sobre a nomeação à Câmara dos Lordes de empresários que fizeram empréstimos à campanha de 2005 do Partido Trabalhista. O premier é suspeito de ter violado uma lei de 1925 ao aceitar que quatro grandes empresários emprestassem ao seu partido 4,5 milhões de libras (R$ 19 milhões) e os compensar, em seguida, com o enobrecimento – o que os qualificou para ocupar um assento na Câmara Alta, equivalente ao Senado de países republicanos, mas com menos poderes.

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Esses empréstimos não foram contabilizados, fato que infringe uma outra lei britânica, que obriga a identificação de quem empresta ou doa mais de 5 mil libras.

O caso vem sendo investigado desde março. Blair declarou na época saber de "empréstimos não declarados’’ feitos por pessoas a seguir nomeadas à Câmara dos Lordes, mas negou a existência um plano de recompensas.

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O último premier britânico investigado pela mesma irregularidade foi David Lloyd George, há cerca de 90 anos. Na época um de seus assessores foi condenado à prisão. Blair, no entanto, não é formalmente réu de um processo.