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Os kuwaitianos votaram neste sábado (1º) numa eleição parlamentar ofuscada por boicote da oposição, protestos contra a mudança nas regras de votação e uma crise política no país produtor de petróleo, aliado político dos EUA.

Essa é a segunda eleição este ano no país do Golfo Pérsico, onde houve queda de uma série de parlamentos, devido ao peso de uma luta de poder entre seus membros e o gabinete nomeado pelo primeiro-ministro, que é escolhido pelo emir governante.

Dezenas de milhares de kuwaitianos compareceram à manifestação na sexta-feira, incitando as pessoas a não votarem, em protesto contra uma mudança nas regras eleitorais, que eles dizem que vai distorcer os resultados a favor dos candidatos pró-governo.

O emir Sheikh Sabah al-Ahmad al-Sabah usou poderes emergenciais em outubro para cortar o número de votos por cidadão de quatro, para um, dizendo que seu decreto consertaria um sistema falho e manteria a segurança e estabilidade.

A oposição, que é formada por legisladores islâmicos tribais e liberais, bem como grupos de jovens, diz que as novas regras de votação são uma tentativa de deturpar os resultados da eleição parlamentar a favor dos candidatos pró-governo.

"É necessário que haja um decreto para tirar o país da crise em que está," disse o funcionário público Khaled Nouri, de 51 anos, depois de votar em um distrito sofisticado da capital. "A roda do desenvolvimento precisa continuar a girar."

Figuras da oposição se negaram a votar por causa da mudança das regras de votação determinadas pelo emir, cuja família está no poder há 250 anos e domina o gabinete. De acordo com as novas regras, cada eleitor escolhe apenas um candidato, em vez de quatro, uma mudança que a oposição diz que vai impedir que seus candidatos mantenham a maioria que tinham na última votação.

No passado, os candidatos apelavam para que seus partidários dessem votos adicionais para seus aliados. Eles dizem que essas filiações informais são cruciais devido a uma proibição a partidos políticos.

"O antigo sistema era injusto para algumas pessoas", disse Dalal al Aboud, de 28 anos, num local de votação em um subúrbio na periferia da Cidade do Kuwait.

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