Uma série de intensos bombardeios por parte das forças de segurança da Síria, realizado nesta quarta-feira (15), na cidade de Azaz, provocou a morte de dezenas de pessoas e também pode ter afetado os 11 libaneses que haviam sido sequestrados pelos rebeldes.
Hazem al Azizi, um ativista da cidade de Azaz, relatou à Agência Efe que os mortos chegam a 40, enquanto os opositores Observatório Sírio de Direitos Humanos e Comitês de Coordenação Local falam em 20 e 30 mortos, respectivamente, embora o número possa aumentar.
Este novo massacre coincide com a publicação de um relatório da ONU que responsabiliza as forças do regime sírio e os "shabiha" (milícia pró-governo) pelos massacres na cidade de Houla, onde em maio foram assassinados uma centena de civis, sendo metade mulheres e crianças.
Em um vídeo divulgado pelos ativistas, que a Agência Afe teve acesso, é possível ver dezenas de pessoas tentando resgatar as vítimas debaixo dos escombros em Azaz.
Segundo o ativista, caças sírios bombardearam um mercado popular e também vários edifícios, entre eles um onde estavam os libaneses tomados como reféns no último mês de maio, quando voltavam de uma peregrinação no Irã.
No entanto, a fonte não pôde precisar o estado dos libaneses, enquanto o Observatório chegou a informar que alguns deles teriam ficados feridos e que entre os mortos figuram membros do rebelde Exército Livre Sírio (ELS).
O sequestro dos libaneses levantou uma grande polêmica no Líbano, já que os capturados são de confissão xiita, como o grupo Hezbollah, firme aliado do regime sírio de Bashar al Assad. Um grupo desconhecido até então, denominados "Revolucionários da Síria-Rif Aleppo", reivindicaram o sequestro como vingança pelo apoio do Hezbollah às autoridades de Damasco.
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