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Bombardeios e combates mortais entre forças governamentais e rebeldes prosseguem neste sábado (29) em toda a Síria, principalmente em Aleppo, cidade do norte do país abalada nos últimos dias por combates de intensidade sem precedentes.

Em Damasco, o exército bombardeou as localidades de Ghouta oriental, onde os combatentes rebeldes têm forte presença, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

Em Nova York, a oposição síria, que exige desde o início do levante em março de 2011 ajuda da comunidade internacional, recebeu na sexta-feira dezenas de milhões de dólares em ajuda adicional, mas essencialmente humanitária, da parte dos Estados.

No terreno, os bombardeios deixaram muitos feridos nos bairros de Sakhour, Bab al-Hadid, Salaheddine e Karm al-Jabal, em Aleppo. Os combates continuam em Azizié e Arqoub, de acordo com o OSDH.

Segundo esta organização baseada no Reino Unido e que se baseia em uma rede de ativistas e testemunhas, as lojas com portas de madeira do famoso souk do centro de Aleppo estavam "pegando fogo".

Confrontos de magnitude sem precedentes ocorreram na quinta-feira e sexta-feira em Aleppo, palco de violentos combates há mais de dois meses. Uma fonte militar disse sexta-feira que vários ataques rebeldes foram repelidos, enquanto os insurgentes disseram ter progredido, mas sem fazer avanços significativos.

Perto de Aleppo, um bebê de um ano de idade foi morto em um atentado a bomba que também feriu seu irmão e sua mãe em Maskana, de acordo com o OSDH. Em todo o país, pelo menos 49 pessoas - 23 civis, oito rebeldes, 18 soldados - morreram neste sábado, de acordo com os dados provisórios da organização.

No dia anterior, pelo menos 120 pessoas foram mortas em meio à violência, incluindo 71 civis, em um dia marcado, como toda sexta-feira, por manifestações contra o regime, de acordo com o OSDH, que acredita que mais de 30.000 pessoas morreram desde o início da revolta, há 18 meses.

Perto de Damasco, os bombardeios em Ghouta têm como alvo os combatentes rebeldes. "Os militares querem destruí-los de uma vez por todas", disse à AFP o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman.

Esta área é o principal reduto do Exército Sírio Livre (ESL, rebeldes) e do batalhão Tajamo Ansar al-Islam, um grupo jihadista que assumiu a responsabilidade por um atentado duplo na quarta-feira contra a sede do Estado-Maior, em Damasco.

"O exército quer vingança e são os civis que pagam o preço", afirmou Matar Ismail, cidadão-jornalista baseado em Damasco, garantindo que o regime "tem executado sumariamente muitas pessoas".

Na mesma província, o exército bombardeou Duma (nordeste), Sayidé Zainab (sudeste) e Mouadamiyet al-Sham (sul), e oito civis foram mortos a tiros em Qodsaya, perto da capital.

Em Damasco, três civis foram mortos durante um ataque contra as forças do regime no bairro Barzé (noroeste), enquanto os confrontos em Tadamoun (sul) foram seguidos por perseguições.

Na província de Deraa (sul), onde várias localidades foram bombardeadas, seis soldados foram mortos em combates. Os bombardeios também prosseguiram nas províncias de Homs e Hama (centro), Deir Ezzor (leste) e Idleb (noroeste), segundo o OSDH.

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