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Na edição desta terça-feira do jornal britânico "The Independent", organizada pelo roqueiro ativista Bono Vox, um dos editoriais tem por título "Um desafio para o sr. Lula". Escrito por Bono, o editorial diz que o Brasil é "freqüentemente considerado mais promissor" dentre os países que crescem velozmente e são "quase desenvolvidos, que estão destinados a herdar a Terra".

Além do Brasil, fazem parte do grupo, chamado Bric pelo "atual jargão do mercado", Rússia, Índia e China. Mas ele também cita a crise em São Paulo como fator para se diminuir o otimismo.

"Até 2050, eles vão responder por 40% da população do mundo e prevê-se que serão as economias dominantes", escreve Bono. "Dos quatro, o Brasil é freqüentemente considerado o mais promissor. A Rússia tem uma iminente crise demográfica e uma democracia tumultuada. A Índia é refreada pelo seu sistema de castas, que mantém a pobreza, e a China, pela desigualdade de seu desenvolvimento e pela inquietação social que está se proliferando".

Lula é elogiado por ter se deslocado para o centro, em lugar de fazer reformas apressadas que poderiam desestabilizar o país. Ao ir para o centro, ele prometeu "um sólido comando para a economia", diz Bono.

Sobre São Paulo, Bono escreve que, "se os eventos em São Paulo forem um anúncio do que está por vir, talvez seja um motivo para se diminuir o otimismo". Para ele, no entanto, "o presidente Lula estava parcialmente certo quando atribuiu à desigualdade social no Brasil e à falta de investimento em educação".

O tema-chave da edição é o combate à Aids na África. Metade da arrecadação do "Independent" nesta terça-feira será revertida para programas que apóiam crianças e mães portadoras do vírus HIV.

Entre os destaques da edição, está uma entrevista feita com o primeiro-ministro Tony Blair, feita por Bono, que também entrevistou o ator britânico Eddie Izzard.

Um outro editorial diz que o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, tem sido saudado no mundo como um herói da esquerda, que, em visita não-oficial a Londres, não se encontrou com Blair, mas sim "com seu colega demagogo, Ken Livingstone".

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